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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Fé e amor perfeito

Esforçai-vos por vos reunirdes com mais frequência e por dardes acções de graças e louvores a Deus. Pois, quando vos reunis com frequência, o poder de Satanás é abatido e as suas obras de ruína destruídas pela unanimidade da vossa fé. Nada ultrapassa a paz, que triunfa de todos os assaltos que nos fazem as potências celestiais e terrestres.

Nada disso vos está oculto, se dais a Jesus Cristo uma fé e um amor perfeitos, que são o começo e o fim da vida: o começo é a fé e o fim a caridade. Deus é as duas reunidas. Todas as outras virtudes que conduzem à perfeição decorrem destas duas primeiras. Ninguém peca se professar a fé; ninguém odeia se professar a caridade. “As árvores conhecem-se pelos seus frutos”; assim também, será pelas suas obras que se reconhecerão aqueles que fazem profissão de ser de Cristo. Porque a obra que hoje se nos pede não é uma simples profissão de fé, mas a prática da fé até ao fim.

Mais vale calar-se e ser do que falar sem ser. É bom ensinar, se aquele que ensina age. Temos um único mestre, aquele que “disse e todas as coisas foram feitas” (Sl 32, 9); até as obras que fez no silêncio são dignas de seu Pai. Aquele que compreende verdadeiramente a palavra de Jesus também pode compreender o seu silêncio; e então será perfeito: agirá pela sua palavra e dar-se-á a conhecer pelo seu silêncio. Nada está oculto ao Senhor; até os nossos segredos lhe são conhecidos. Façamos, pois, tudo com o pensamento de que Ele permanece em nós; seremos assim templos seus, e Ele será em nós o nosso Deus.

Santo Inácio de Antioquia (?-c. 110), bispo e mártir - Carta aos Efésios, 13-15

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