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sexta-feira, 24 de junho de 2011

A Igreja católica defendeu os judeus

Apesar da propaganda anti-católica e alguns "historiadores" quererem denegrir a Igreja Católica, levando a suspeita sobre a conivência do Vaticano com o regime Nazi, os que viveram nesta época conturbada, dão o testemunho contrário.

De que valem teorias, contra testemunhas inequívocas? Dizia Voltaire na sua carta a Thiriot: "Menti, menti, ficará sempre alguma coisa (Mentez, mentez, il en restera toujours quelque chose!")...

Embaixador de Israel reconhece ajuda da Igreja a judeus

“Não é verdade que a Igreja e o Papa se opuseram a salvar os judeus"
ROMA, quinta-feira, 23 de junho de 2011 (ZENIT.org) - “Seria um erro declarar que a Igreja Católica, o Vaticano e o próprio Papa se opuseram às ações dirigidas a salvar os judeus”, afirmou hoje o embaixador de Israel junto à Santa Sé, Mordechay Lewy, por ocasião da entrega da medalha de “Justo entre as Nações” à memória do sacerdote orionita Gaetano Piccinini, no Centro Dom Orione de Roma.
Durante a 2ª Guerra Mundial, sobretudo durante a ocupação nazista de Roma, Piccinini, agindo com a ajuda da rede de casas da Pequena Obra da Divina Providência de Dom Orione, conseguiu salvar muitos judeus, entre eles os componentes da família de Bruno Camerini, quem pediu oficialmente a condecoração.
“A partir da redada no gueto de Roma, em 16 de outubro de 1943 – afirmou Lewy – e nos dias seguintes, mosteiros e orfanatos mantidos por ordens religiosas abriram as portas aos judeus e temos motivos para pensar que isso aconteceu sob a supervisão dos mais altos expoentes do Vaticano, que estavam, portanto, informados sobre estes gestos.”
Não somente não é verdade que a Igreja Católica e suas instituições se opuseram à salvação dos judeus, senão que “o certo é exatamente o contrário: prestaram ajuda sempre que puderam”.
“O fato de que o Vaticano – acrescentou o embaixador – não tenha podido evitar a partida do trem que levou ao campo de extermínio, durante os três dias transcorridos desde a redada de 16 de outubro até o dia 18, só pode ter aumentado a vontade, por parte vaticana, de oferecer seus próprios locais como refúgio para os judeus.”
Para Lewy, é verdade que “os judeus romanos tiveram uma reação traumática”. Estes, de fato, “viam na pessoa do Papa uma espécie de protetor e esperavam que ele os salvasse e evitasse o pior”.
“Todos nós sabemos o que aconteceu, mas devemos reconhecer que o trem que partiu em 18 de outubro de 1943 foi o único que os nazistas conseguiram organizar de Roma a Auschwitz.”
À pergunta de ZENIT sobre se estas considerações oferecem um olhar diferente sobre as polêmicas que se referem à figura do Papa Pio XII e à iniciativa da sua beatificação, Lewy respondeu: “O judaísmo não é monolítico e há opiniões diferentes no âmbito histórico”.
Sem entrar na questão da beatificação, que pertence à Igreja Católica, “o que nós sabemos não nos permite dizer que tudo foi branco ou preto, mas se equivoca quem nega que o Vaticano, o Papa e as instituições católicas tenham agido para salvar os judeus”.
Talvez possam surgir novos elementos com a abertura dos arquivos vaticanos, “mas não se pode esperar a verdade completa, porque, em tempos tão duros, muitas coisas não podiam sequer ser escritas”.
“Minha opinião pessoal – concluiu o embaixador – é que a verdade daquela época trágica, em sua totalidade, está oculta e assim permanecerá.”