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domingo, 22 de novembro de 2020

A origem da expressão Alea iacta est, “o dado está lançado”


Todos conhecemos e usamos a expressão: “o dado está lançado”, para exprimir a ideia de que algo foi feito e que já não se pode voltar atrás.

Mas, talvez, nem todos sabem a origem desta expressão, que remonta ao ano de 49 antes de Cristo.

Segundo o historiador Caio Svetonio Tranquilo, na sua obra De vita Casesarum, a frase “Alea iacta est”, ou “o dado está lançado”, foi pronunciada por Caio Júlio César no dia 10 de janeiro de 49 A.C..

Voltando da Campanha vitoriosa por terras gaulesas, que lhe deu grande prestígio e gloria, Júlio Cesar apresentou a sua candidatura ao Consulado, o cargo político mais alto da República Romana.

O Senado, temendo o seu poder, ordenou-lhe que dispensasse as suas legiões e voltasse a Roma como simples cidadão. Júlio César ainda tentou fazer um acordo, mas a decisão foi irremovível.

Diante da recusa de ser um dos dois Cônsules, eleitos naquele ano, Júlio César excogitou um plano para tomar o poder. Deu ordem às suas tropas de se dirigirem discretamente até às margens do Rio Rubicão, no Nordeste da Itália, fronteira da Província da Gália Cisalpina, lugar onde, segundo o direito romano, nenhum general poderia atravessar com as suas tropas, para evitar riscos à estabilidade do poder central.

No dia seguinte, Júlio César reuniu-se com as suas legiões, às margens do rio. Indeciso sobre a decisão que deveria tomar, viu um jovem de extrema beleza que tocava uma flauta. Vários dos seus soldados, aproximaram-se para o ouvir. E eis que o rapaz toma a trompa de um legionário, faz soar o toque de batalha e cruza o rio.

Júlio César impressionado pela aparição, voltou-se para as suas tropas e ordenou-lhes: “Andemos por aquela estrada que nos foi indicada pelo prodígio dos deuses: ‘Alea iacta est!’”

Depois de ter cruzado o rio, no mesmo dia Júlio César ocupou Rimini, uma guarnição estratégica das terras italianas e avançou para Roma.

O General Cneu Pompeu Magno, encarregado de o deter, respondeu com um movimento fatídico. Ele ordenou que toda a classe política deixasse a cidade e o seguisse, para contra-atacar do sul da península ou mesmo dos Balcãs.

Com isto, o pânico em Roma foi indizível. Nunca os romanos tinham enfrentado uma situação parecida. A cidade, na sua história secular, tido sido sempre defendida dos inimigos externos e internos. Desta vez, ela tinha sido abandonada a César.

O procônsul, pacificador da Gália, patrício e máximo pontífice, depois de ter dito a frase “Alea iacta est!” e atravessado o Rubicão teria iniciado a marcha vitoriosa que em apenas 60 dias o tornou senhor de toda a península. Foi o primeiro ato vitorioso de uma longa guerra civil que logo depois teria garantido a ele o domínio indiscutível sobre Roma e o seu império mediterrânico.

sábado, 14 de novembro de 2020

A Eslováquia declara o partido comunista organização criminosa

 

O comunismo, uma ideologia que levou à morte de mais de 150 milhões de pessoas no mundo, ainda não foi julgada e criminalizada aos olhos da História, como foi a ideologia Nacional Socialista, mais conhecida como nazismo, depois da II Guerra Mundial.

Até hoje só oito países, Eslováquia, Estónia, Geórgia, Letónia, Lituânia, Polonia, República Checa, e Ucrânia, dominados pelo brutal e tirânico regime comunista por um certo tempo das suas histórias, tiveram a coragem de criminalizar a ideologia do partido comunista, comparando-o com o Nazifascista.

No dia 4 de novembro de 2020, o Parlamento da Eslováquia aprovou uma lei que considera o Partido Comunista Checo e o partido comunista da Eslováquia organizações criminais.

Os argumentos apresentados para justificar a lei foram os 42 anos, nos quais a ditadura comunista oprimiu a sociedade eslovaca. Oitenta e dois deputados votaram a favor, nove contra e dezassete se abstiveram. Segundo esta lei, todos os monumentos e placas comemorativas serão retiradas e demolidas, os nomes das ruas e dos prédios que tenham alguma relação com o comunismo serão rebatizados. A lei criminaliza o Partido comunista Eslovaco e o atual Partido comunista da Eslováquia.

As futuras gerações precisam conhecer como uma ideologia levou ao massacre de milhões de pessoas e deve ser proibida, como o nazismo. Para tal, nada melhor do que uma grande Nuremberg do Comunismo, um processo onde a humanidade passaria a conhecer a verdade sobre uma sombria época histórica vivida no século XX.