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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

A árvore da vida

A árvore da Cruz

Nosso Senhor foi tocado pela morte, mas, em contrapartida, abriu um caminho que esmaga a morte. Submeteu-se à morte e sofreu-a voluntariamente para a destruir, a ela, que é a morte. Porque, seguindo a ordem da morte, nosso Senhor «saiu carregando a cruz» (Jo 19,17). Mas gritou na cruz e tirou os mortos do inferno...

Ele é o glorioso «filho do carpinteiro» (Mt 13,55) que, fazendo da cruz qual carro, desceu à voraz garganta da morada dos mortos e transferiu o género humano para a morada da vida (Col 1, 13). E, se pela árvore do paraíso caíra o género humano na morada dos mortos, foi pela árvore da cruz que passou para a morada da vida.

Naquele madeiro fora enxertado o azedume; neste, foi enxertada a doçura, para que nele reconheçamos o chefe a quem nada do que foi criado consegue opor-se.
Glória a Vós! Lançastes a cruz como uma ponte sobre a morte, para que os homens por ela passem do país da morte para o país da vida... Glória a Vós! Vós vestistes o corpo do mortal Adão e dele fizestes a fonte da vida para todos os mortais. Sim, Vós estais vivo! Porque os vossos carrascos foram afinal semeadores: semearam a Vossa vida nas profundezas da terra como se faz com o trigo, para que cresça e com ele faça crescer muitos grãos (Jo 12, 24).

Vinde, façamos deste amor um imenso incensório universal; prodigalizemos em cânticos e orações Àquele que da cruz construiu um turíbulo à Divindade e que, a nós, com o próprio sangue cumulou de riquezas.

Santo Efrém (c. 306-373), diácono na Síria, doutor da Igreja - Homilia sobre Nosso Senhor

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