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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Vigiemos e sejamos sóbrios

Temos de estar preparados para acordar facilmente. Com efeito, diz a Escritura: "Estejam cingidos os vossos rins e acesas as vossas lâmpadas. Sede semelhantes aos homens que esperam o seu senhor, ao voltar do seu noivado, a fim de lhe abrirem a porta assim que ele chegar e bater" (Lc 12, 35-36). Porque um homem adormecido serve para o mesmo que um morto. É por isso que devemos levantar-nos frequentemente durante a noite para bendizer a Deus.

Felizes aqueles que velam por Ele, pois se tornam semelhantes aos anjos a que chamamos "veladores". Um homem adormecido vale o mesmo que um homem sem vida. Mas o que tem a luz está acordado, e as trevas não têm poder sobre ele, nem as trevas nem o sono. Está, pois, acordado para Deus, aquele que foi iluminado, e esse vive, porque "nele estava a vida" (Jo 1, 4). "Feliz o homem que me ouve e que vela todos os dias à entrada da minha porta", diz a Sabedoria, "e que é assíduo no umbral da minha casa" (Prov 8, 34).

"Não durmamos, pois, como os outros, mas vigiemos e sejamos sóbrios", como diz a Escritura. "Porque os que dormem, dormem de noite, e os que se embriagam, embriagam-se de noite", ou seja, na obscuridade da ignorância. "Mas nós, que somos filhos do dia, sejamos sóbrios" (1 Tes 5, 6-8). "Porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia. Nós não somos filhos da noite nem das trevas" (1 Tes 5, 5).

Clemente de Alexandria (150-c.215), teólogo – O Pedagogo, II, 9

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