Meu Senhor e meu Deus,
Tu guiaste-me por um longo caminho obscuro, pedregoso e duro.
As minhas forças pareciam muitas vezes quererem abandonar-me,
Quase não esperava ver mais um dia a luz.
O meu coração petrificava-se num sofrimento profundo
Quando a claridade duma doce estrela se elevou aos meus olhos.
Fiel, ela me guiou e eu segui-a
Um pouco tímida no início, mais firme depois.
Cheguei, finalmente, à porta da Igreja.
Ela abriu-se. Pedi para entrar.
A bem-aventurança acolheu-me pela boca do teu sacerdote.
No interior, as estrelas sucedem-se,
Estrelas de flores vermelhas que me indicam o caminho para ti.
E a tua bondade permite que elas me iluminem no meu caminho para ti.
O mistério que me fazia manter escondido no fundo do meu coração,
Eu posso doravante anunciar em alta voz:
Eu creio, eu confesso a minha fé!
O sacerdote conduziu-me aos degraus do altar,
Inclino a fronte,
A água santa escorre sobre a minha cabeça.
Senhor, é possível alguém renascer
em meio da vida? (Jn3.4)
Tu o disseste, e isto para mim tornou-se realidade.
O peso das faltas e dos castigos da minha longa vida deixaram-me.
De pé, recebi o manto branco sobre os meus ombros,
Símbolo luminoso da pureza!
Levei na mão o círio cuja chama anuncia
Que em mim arde a tua vida santa.
O meu coração tornou-se doravante o berço que espera a tua presença.
Por pouco tempo!
Maria, tua mãe, que é também a minha, deu-me o seu nome.
À meia-noite ela coloca no meu coração o seu filho recém-nascido.
Oh! Nenhum coração humano pode conceber
O que tu preparas para aqueles que te amam (1Co 2,9).
Doravante tu és meu e nunca mais te deixarei.
Onde quer que vá o caminho da minha vida, tu estarás comigo.
Nada jamais poderá separar-me do teu amor (Rm 8,39).
Tu guiaste-me por um longo caminho obscuro, pedregoso e duro.
As minhas forças pareciam muitas vezes quererem abandonar-me,
Quase não esperava ver mais um dia a luz.
O meu coração petrificava-se num sofrimento profundo
Quando a claridade duma doce estrela se elevou aos meus olhos.
Fiel, ela me guiou e eu segui-a
Um pouco tímida no início, mais firme depois.
Cheguei, finalmente, à porta da Igreja.
Ela abriu-se. Pedi para entrar.
A bem-aventurança acolheu-me pela boca do teu sacerdote.
No interior, as estrelas sucedem-se,
Estrelas de flores vermelhas que me indicam o caminho para ti.
E a tua bondade permite que elas me iluminem no meu caminho para ti.
O mistério que me fazia manter escondido no fundo do meu coração,
Eu posso doravante anunciar em alta voz:
Eu creio, eu confesso a minha fé!
O sacerdote conduziu-me aos degraus do altar,
Inclino a fronte,
A água santa escorre sobre a minha cabeça.
Senhor, é possível alguém renascer
em meio da vida? (Jn3.4)
Tu o disseste, e isto para mim tornou-se realidade.
O peso das faltas e dos castigos da minha longa vida deixaram-me.
De pé, recebi o manto branco sobre os meus ombros,
Símbolo luminoso da pureza!
Levei na mão o círio cuja chama anuncia
Que em mim arde a tua vida santa.
O meu coração tornou-se doravante o berço que espera a tua presença.
Por pouco tempo!
Maria, tua mãe, que é também a minha, deu-me o seu nome.
À meia-noite ela coloca no meu coração o seu filho recém-nascido.
Oh! Nenhum coração humano pode conceber
O que tu preparas para aqueles que te amam (1Co 2,9).
Doravante tu és meu e nunca mais te deixarei.
Onde quer que vá o caminho da minha vida, tu estarás comigo.
Nada jamais poderá separar-me do teu amor (Rm 8,39).
Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein, 1891-1942), carmelita, mártir, co-padroeira da Europa - Poesia "Noite Santa"
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