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quarta-feira, 24 de outubro de 2012

A pontualidade, uma regra de caridade



Torre do relógio
Castelo de Cardiff

Ninguém calcula todo o bem que pode conseguir aquele que procura ser pontual em todas as acções da sua vida. A pontualidade é, como diz o ditado, a cortesia dos reis, deve ser o apanágio de todas as classes, de todas as idades e de todas as condições. Porque, se a cortesia não é mais que a forma exterior da caridade cristã e se a verdadeira cortesia procede do sacrifício de si mesmo, praticado em todas as ocasiões e no decurso de todos os pequenos incidentes, que compõem a vida, a pontualidade resume em si só todas as regras da caridade.

Ser pontual é ter consciência de seu dever, e ter vontade de o cumprir. Ninguém é pontual sem ter espírito vigilante, atenção constante, resolução sempre pronta e firme. Ninguém é pontual, quando não obra e não vive debaixo das grandes inspirações de uma regra.

O homem que não se preocupa com a pontualidade é um flagelo na sociedade. Se for padre ou médico, deixam morrer o doente sem socorros; se notário sem testamento; se advogado faz perder a causa; se soldado as batalhas; o director ou administrador o negócio; a dona de casa arruína a família. São sempre os homens inexactos que fazem com que os negócios falhem, tudo perturbam e desorganizam, porque chegam muito tarde.

Sejamos, portanto, em tudo pontuais. Nas coisas pequenas, se o queremos ser nas grandes. Pontuais no que dissermos e no que fizermos, porque assim se trabalha para as coisas da vida presente, e mais ainda para as da vida futura, sendo pontualíssimos no desempenho das obrigações do próprio estado para que não sejamos surpreendidos pela morte.

Não pode ser bom cristão, o homem que não é pontualíssimo no desempenho dos seus deveres para com Deus, para consigo mesmo, e para com todos os seus próximos.

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