Visualizações de página na última semana

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

Hoje comemoramos São Pedro Damião, o Santo que lutou contra o homossexualismo na Igreja

 


Qual é a história de São Pedro Damião, cuja festa é celebrada no dia 21 de fevereiro?

Nascido em Ravenna, último filho de uma família pobre, muitas vezes maltratado e tendo passado fome na sua infância, Pedro ficou órfão muito cedo. 

Enquanto cuidava dos porcos, ajudado pelo seu irmão Damião, este escritor e orador nato teve a oportunidade de prosseguir os estudos de maneira brilhante. Por esta, razão adicionou o nome do irmão ao seu.

O encontro com dois eremitas levaram-no a uma comunidade que seguia a Regra de São Romualdo. Ali, em Fonte-Avellana, na atual região italiana de Pesaro Urbino, vivia-se numa grande austeridade. O jejum era quase quotidiano, sendo servida apenas uma refeição com legumes. Os religiosos não usavam calçados durante todo o ano; rezavam com os braços em Cruz; utilizavam cilícios e permaneciam em vigília de orações durante longas horas.

Mosteiro de Fonte Avellana - Italia

São Pedro Damião ao ser nomeado superior, exigiu a pobreza, mortificações e induzia a todos à prática da perfeição. A sua bondade e o bem que exercia sobre os outros era tal, que foi obrigado a fundar seis mosteiros, nas cercanias de Ravenna.

Apesar de tudo, dedicou-se à oração, à ascese, ao estudo das Sagradas Escrituras, à contemplação e também à pregação. 

Passados dez anos de vida interior, contemplativa e monástica, passou a tomar parte nas lutas dolorosas da Igreja, fixando a sua atenção nos males horrorosos do seu tempo que atingiam o clero: a imoralidade, a simonia e o desdém para com as leis eclesiásticas.

Querendo ajudar os sacerdotes que se desviaram da lei de Deus e da Igreja, escreveu um livro, intitulado “O livro de Gomorra”, onde vocifera contra o pecado das relações homossexuais.

A obra explica os diferentes pecados de sodomia e a sua maldade intrínseca, fala da necessidade de rigorosa punição e penitência para os clérigos que a praticam, de como a excessiva brandura da autoridade eclesiástica é prejudicial à Igreja, e faz grande apelo à conversão dos pecadores.

A gravidade da prática homossexual

A ato sexual homossexual, escreve São Pedro Damião, “remove o fundamento da Fé, tira a força da Esperança, quebra o laço da Caridade, destrói a Justiça, mina a Fortaleza, expulsa a Temperança, e embota a nitidez da Prudência. E o que mais direi? Uma vez que, de facto, expele cada pedra angular das virtudes do tribunal do coração humano, como se removessem as dobradiças das suas portas, introduzindo toda barbárie dos vícios nos corações”.

“Este vício, ultrapassa a selvageria de todos os outros vícios, não se compara a nenhum outro. Ele é a morte não só dos corpos, como a destruição das almas. Polui a carne, extingue a luz do intelecto, expulsa o Espírito Santo do templo do coração humano, introduz o diabólico incitador da luxúria, lança confusão, e elimina completamente a verdade da mente equivocada”.

“Uma vez que esta serpente venenosa cravou os seus dentes no coração de um infeliz, o bom senso imediatamente é turvado, a memória é eliminada, a clareza da mente é obscurecida; torna-se esquecido de Deus e olvida-se até de si mesmo”.

“A fim de semear guerras impiedosas contra Deus, a sodomia separa a infeliz alma da comunhão dos Anjos, remove-a da sua nobreza para a colocar sob o jugo da sua própria dominação. Despoja os seus soldados dos armamentos das virtudes, atacando-os, expondo-os aos dardos de todos os vícios. Atormenta a consciência, queima a carne como um fogo, e incita-a com o desejo de prazer. Mas, por outro lado, ela teme ser exposta, sair em público, ser conhecida pelos outros”.

Diante deste pecado, S. Pedro Damião escreve que devemos evitar a “misericórdia cruel” de ficarmos calados diante do mal, e até mesmo adverte que nos tornamos “assassinos da alma dos outros” se nos calamos contra a imoralidade do seu comportamento.

“Quem sou eu para assistir um crime tão nocivo, e que se está espalhando até nos que receberam as ordens sagradas, e ficar calado, ousando aguardar a punição divina, tornando-me um assassino da alma do próximo? Não me tornaria também um devedor de uma culpa da qual, de nenhuma maneira, teria sido eu o autor? Como poderei, amando o meu próximo como a mim mesmo, negligentemente permitir que a ferida, que lhe dará uma morte cruel, infete a sua alma? Vendo, pois as feridas espirituais, deveria eu negar-me a curá-las pela cirurgia das palavras?”

Passados mais de mil anos da sua publicação, o livro é atualíssimo! Hoje a situação do clero não está muito diferente da época de São Pedro Damião, pois em muitas dioceses do mundo ainda reinam a imoralidade, as más doutrinas e a morte espiritual nas fileiras dos eclesiásticos.

São Pedro Damião nunca deixou de denunciar a vida depravada e relaxada dos clérigos, padres e monges, advertindo os grandes mosteiros do seu tempo, como Cluny e Monte Cassino, a que erradicassem os desvios e escândalos, vividos na flagrante impunidade. Em 1057, foi nomeado Cardeal-Bispo de Ostia e encarregado de missões em Milão, Frankfurt, e várias outras cidades. 

Apoiou os Papas na sua ação reformadora, mas Leão IX foi obrigado a mantê-lo à parte, pela oposição de vários bispos. 

Mais tarde, os Papas subsequentes deram-lhe importantes missões oficiais de conciliação e de reforma. Os seus escritos espirituais, obras, cartas e sermões fizeram dele um doutor da Igreja.

Sem comentários:

Enviar um comentário