Lutero diante da Dieta de Worms |
O Sínodo Alemão está a propor a aprovação do casamento
homossexual, ordenação de mulheres, fim do celibato obrigatório dos sacerdotes,
e outros pontos contrários à doutrina católica.
Já no ano passado, o Vaticano, citando as palavras de
Francisco contidas na Carta ao Povo de Deus, relembrou: "A Igreja universal
vive nas e das Igrejas particulares, assim como as Igrejas particulares vivem e
florescem na e da Igreja universal, e se se encontram separadas de todo o corpo
eclesial, se enfraquecem, apodrecem e morrem. Daí a necessidade de manter
sempre viva e eficaz a comunhão com todo o corpo da Igreja". E lembra que
o Sínodo "não tem poder para obrigar bispos e fiéis", nem criar
"novas formas de governo e novas abordagens de doutrina e moral".
Em finais de janeiro deste ano, Dom Georg Batzing,
presidente da Conferência Episcopal alemã admitiu que Roma e a Igreja alemã têm
"ideias fundamentalmente diferentes sobre a sinodalidade": "O
Papa a entende como uma ampla coleta de impulsos vindo de todos os cantos da
Igreja, depois os bispos deliberam mais concretamente a respeito, e no final,
tem um homem no vértice que toma a decisão. Eu não acredito que esse seja o
tipo de sinodalidade sustentável no século XXI”.
Estas palavras mostram-nos como a Hierarquia Católica alemã está
imbuída do espírito protestante e faz lembrar as palavras de São Pio X, referidas pelo Padre Emmanuel Bailly:
“A Alemanha é a nação que mais me preocupa. Não posso promulgar
uma decisão, sem que os alemães pretendam não ter de se submeter e apresentem razões
para não obedecer.
Encontro obstinações persistentes, seja entre os fiéis, seja
entre os membros do clero. Eles adquiriram, sem dúvida, estas disposições de
orgulho e de independência nas suas Universidades imbuídas do espírito
protestante e modernista.
É o país menos submisso ao Papa. De lá vêm atualmente as
dolorosas dificuldades no governo da Igreja”.
Do século XIX ao XXI, a situação só piorou. Hoje, poucos
ficariam espantados se começassem a ouvir que a Igreja Alemã se dividiu entre
os que são fiéis aos ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo, ao Evangelho, ao
Magistério da Igreja e ao Papa e os que criaram uma nova seita, fiéis ao
espírito do mundo, que se somaria às centenas de ramificações do
protestantismo.
Que Deus nos livre de mais um cisma, que desfiguraria a
Esposa Mística de Nosso Senhor Jesus Cristo e tanta confusão e dano
ocasionaria nas consciências e corações dos católicos alemãs e de todo o mundo!