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domingo, 5 de fevereiro de 2023

Orgulho e independência, espírito protestante e modernista: o risco do cisma alemão

 

Lutero diante da Dieta de Worms

O Sínodo Alemão está a propor a aprovação do casamento homossexual, ordenação de mulheres, fim do celibato obrigatório dos sacerdotes, e outros pontos contrários à doutrina católica.

Já no ano passado, o Vaticano, citando as palavras de Francisco contidas na Carta ao Povo de Deus, relembrou: "A Igreja universal vive nas e das Igrejas particulares, assim como as Igrejas particulares vivem e florescem na e da Igreja universal, e se se encontram separadas de todo o corpo eclesial, se enfraquecem, apodrecem e morrem. Daí a necessidade de manter sempre viva e eficaz a comunhão com todo o corpo da Igreja". E lembra que o Sínodo "não tem poder para obrigar bispos e fiéis", nem criar "novas formas de governo e novas abordagens de doutrina e moral".

Em finais de janeiro deste ano, Dom Georg Batzing, presidente da Conferência Episcopal alemã admitiu que Roma e a Igreja alemã têm "ideias fundamentalmente diferentes sobre a sinodalidade": "O Papa a entende como uma ampla coleta de impulsos vindo de todos os cantos da Igreja, depois os bispos deliberam mais concretamente a respeito, e no final, tem um homem no vértice que toma a decisão. Eu não acredito que esse seja o tipo de sinodalidade sustentável no século XXI”.

Estas palavras mostram-nos como a Hierarquia Católica alemã está imbuída do espírito protestante e faz lembrar as palavras de São Pio X, referidas pelo Padre Emmanuel Bailly:

“A Alemanha é a nação que mais me preocupa. Não posso promulgar uma decisão, sem que os alemães pretendam não ter de se submeter e apresentem razões para não obedecer.

Encontro obstinações persistentes, seja entre os fiéis, seja entre os membros do clero. Eles adquiriram, sem dúvida, estas disposições de orgulho e de independência nas suas Universidades imbuídas do espírito protestante e modernista.

É o país menos submisso ao Papa. De lá vêm atualmente as dolorosas dificuldades no governo da Igreja”.  

Do século XIX ao XXI, a situação só piorou. Hoje, poucos ficariam espantados se começassem a ouvir que a Igreja Alemã se dividiu entre os que são fiéis aos ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo, ao Evangelho, ao Magistério da Igreja e ao Papa e os que criaram uma nova seita, fiéis ao espírito do mundo, que se somaria às centenas de ramificações do protestantismo.

Que Deus nos livre de mais um cisma, que desfiguraria a Esposa Mística de Nosso Senhor Jesus Cristo e tanta confusão e dano ocasionaria nas consciências e corações dos católicos alemãs e de todo o mundo!

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