HistoriasNovasEternas
O cristianismo não é uma coisa do passado, vivido como se olhássemos sempre para trás, para os tempos evangélicos, mas sempre novo, pois está marcado pela presença constante de Jesus Cristo, que está no meio de nós, e que é de hoje, ontem, amanhã e toda a eternidade. Na história da humanidade, encontramos “pegadas” de Deus. Este blogue procura, humildemente, mostrar alguma delas.
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segunda-feira, 6 de janeiro de 2025
O quarto Rei Mago
Artabano, este era o nome do quarto Rei Mago, que morava nas montanhas da Pérsia. Era um médico, alto, moreno, de olhos bem escuros: a fisionomia de um sonhador, a mente de um sábio. Um homem de coração manso e espírito indomável.
Era um homem de posses. A sua moradia era rodeada de jardins bem tratados com árvores de frutas e flores exóticas. As suas vestes eram de seda fina e o seu manto da mais pura lã. Era seguidor de Zoroastro e numa noite se reuniu em conselho com nove membros da mesma seita. Eram todos sábios!
Artabano falou-lhes sobre a nova estrela que vira e o seu desejo de segui-la. Disse-lhes:
-- Como seguidores de Zoroastro aprendemos que os homens vão ver nos céus, em tempo apontado pelo Eterno, a luz de uma nova estrela e nesse dia, nascerá um grande profeta e Ele dará aos homens a vida eterna, incorruptível e imortal, e os mortos viverão outra vez! Ele será o Messias.
E continuou:
-- Os meus três amigos Gaspar, Melchior, Baltazar e eu, vimos a grande luz brilhante de uma nova estrela há vários dias e vamos sair juntos para Jerusalém para ver e adorar o Prometido, o Rei de Israel. Vendi a minha casa e tudo o que possuo e comprei estas joias: uma safira, um rubi e uma pérola para oferecer como tributo ao Rei. Convido-os para virem comigo nesta peregrinação para juntos adorarmos o rei!”
Artabano preparou o seu melhor cavalo, chamado Vasda, e de madrugada saiu às pressas, a fim de poder encontrar-se no dia e na hora marcados com Gaspar, Melchior e Baltazar, que já estavam a caminho, ele precisava cavalgar noite e dia. A noite começou a cair e faltavam mais ou menos três horas de viagem para chegar ao sítio de encontro, quando na estrada, perto de umas palmeiras, o seu cavalo Vasda, pressentindo alguma coisa desconhecida, parou junto a um objeto escuro perto da última palmeira. A luz das estrelas revelou a forma de um homem caído na estrada. Um pobre hebreu entre os muitos que moravam por perto. Compadecido, Artabano tratou-o por muitos dias, oferecendo-lhe pão, vinho, e ervas curativas.
O hebreu recuperou-se e erguendo as mãos aos céus disse:
-- Que o Deus de Abraão, Isaac e Jacó o abençoe. Nada tenho para lhe pagar, mas ouça-me: Os nossos profetas dizem que o Messias deve nascer, não em Jerusalém, mas em Belém de Judá.
Assim, já era muito mais de meia-noite e vários dias de atraso, quando Artabano montou de novo no seu cavalo Vasda e num galope rápido prosseguiu ao encontro dos seus amigos.
Aos primeiros raios do sol, chegou ao lugar do encontro. Mas… onde estavam os três magos? Artabano desmontou e ansioso, estudou todo o horizonte. Nem sinal da caravana de camelos dos seus amigos! Então entre uma pilha de pedras achou um pergaminho e a mensagem:
-- Não pudemos esperar mais, vamos ao encontro do Rei de Israel. Siga-nos através do deserto.
Artabano entrou no deserto e finalmente chegou em Belém, levando o seu rubi e a sua pérola para oferecer ao Rei. Mas as ruas da pequena vila. pareciam desertas. Pela porta aberta de uma casinha pobre, Artabano ouviu a voz de uma mulher cantando suavemente. Entrou e encontrou uma jovem mãe acalentando o seu bebé.
Três dias passados Ela falou-lhe sobre os três magos que estiveram na vila a que disseram terem sido guiados por uma estrela ao lugar onde José de Nazaré, sua esposa Maria, e o seu bebé Jesus estavam hospedados. Eles trouxeram prendas de ouro, incenso e mirra para o menino. Depois, desapareceram tão rapidamente quanto apareceram. E a família de Nazaré também saiu à noite, em segredo, talvez para o Egito.
O bebé que estava nos seus braços fitou o rosto de Artabano e sorriu-lhe e estendeu-lhe os seus bracinhos.
A Jovem mãe colocou o bebê no leito e preparou um almoço para o estranho hóspede que veio à sua casa. Subitamente, ouviu-se uma grande comoção nas ruas: gritos de dor, o chorar de mulheres, tocar de trombetas e o clamor:
-- Soldados! os soldados de Herodes estão a matar as nossas crianças!
A jovem mãe, branca de terror, escondeu-se no canto mais escuro da casa, cobrindo o filho com o seu manto para que ele não acordasse e chorasse.
Mas Artabano colocou-se em frente à porta da casa impedindo a entrada dos soldados. Um capitão aproximou-se para afastá-lo. A face do rei mago estava calma como se estivesse a observar as estrelas. Fitou o soldado e disse-lhe:
-- Estou sozinho aqui e à espera para dar esta joia ao prudente capitão que vai deixar-me em paz.
E mostrou o rubi brilhando na palma da sua mão como uma grande gota de sangue.
Os olhos do capitão brilharam com o desejo de possuir tal joia!
- Marchem, avancem, pois não há criança aqui!” Gritou aos seus soldados.
E Artabano voltando-se para os Céus rezou:
-- Deus da Verdade, perdoa o meu pecado! Eu disse uma coisa que não era, para salvar uma criança. E duas das minhas dádivas já se foram. Dei aos homens o que havia reservado para Deus. Poderei ainda ser digno de ver a face do Rei?
E Artabano prosseguiu na sua procura entre as pirâmides do Egito, em Heliopólis, na nova Babilónia às margens do Nilo… Numa humilde casa em Alexandria, procurou o conselho de um velho rabi que lhe falou das profecias e do sofrimento do Messias prometido e rejeitado pelos homens. E lembrou-se que o Rei que procurava não O ia encontrar num palácio ou entre os ricos e poderosos, mas entre os pobres e os humildes, os que sofrem e são oprimidos.
E Artabano passou por lugares onde a fome era grande. Fez a sua morada em cidades onde os doentes morriam na miséria. Visitou os oprimidos nas prisões subterrâneas, os escravos nos mercados de escravos…
Em toda a população de um mundo cheio de angústia ele não achou ninguém para adorar, mas muitos para ajudar! Ele alimentou os que tinham fome, cuidou dos doentes, e confortou os prisioneiros… E os anos passaram… 33 anos.
E os cabelos de Artabano já não eram pretos, eram brancos como a neve nas montanhas. Velho, cansado e pronto para morrer era ainda um peregrino à procura do Rei de Israel e agora em Jerusalém onde tinha estado muitas vezes na esperança de achar a família de Belém.
Os filhos de Israel estavam agora na cidade santa para a festa da Páscoa do Senhor e havia uma agitação e excitamento singular. Vendo um grupo de pessoas da sua terra, Artabano perguntou-lhe o que se passava e para onde o povo se dirigia.
-- Para o Gólgota! Dois ladrões vão ser crucificados e com eles, um homem chamado Jesus de Nazaré, que dizem ter feito coisas maravilhosas para o povo. Mas os sacerdotes exigiram a Sua morte, porque disse ser o Filho de Deus. Pilatos O condenou a ser crucificado porque disseram ser Ele o Rei dos Judeus - responderam-lhe.
-- Os caminhos de Deus são mais estranhos do que o pensamento dos homens, pensou Artabano. “Agora é o tempo de oferecer a minha pérola para livrar da morte o meu Rei!”
Ao seguir a multidão em direção ao portal de Damasco, um grupo de soldados apareceu arrastando uma jovem rapariga com vestes rasgadas e o rosto cheio de terror.
Ao ver o mago, a jovem reconheceu-o como da sua própria terra e libertando se dos guardas atirou-se aos pés de Artabano:
-- Tende piedade! Pelo Deus da pureza, salvai-me! Meu pai era mercador na Pérsia, mas faleceu e agora serei vendida como escrava para pagar seus dívidas! Salvai-me!
Artabano tremeu. Era o velho conflito da sua alma entre a fé, a esperança e o impulso do amor. Duas vezes as dádivas consagradas foram dadas para a humanidade. E agora? Uma coisa ele sabia:
-- Salvar essa jovem indefesa era um gesto de amor. E não é o amor a luz da alma?
Ele tirou a pérola de junto do seu coração. Nunca ela pareceu tão luminosa! Colocou-a na mão da jovem:
-- Este é o teu pagamento, o último dos tesouros que guardei para o Rei!
Enquanto ele falava uma escuridão profunda envolveu a terra que tremeu consultivamente! Casas caíram, os soldados fugiram, mas Artabano e a jovem protegeram-se debaixo do telhado sobre as muralhas do Pretório.
-- O que tenho a temer? - pensou. E para quê viver? Não tenho mais esperança de encontrar o Rei, a procura terminou, eu falhei.
Mas mesmo esse pensamento trouxe-lhe paz, pois sabia que tinha vivido cada dia da sua vida da melhor maneira que soube. Se tivesse que viver de novo a sua vida não poderia ser de outra maneira.
Mais um tremor de terra e uma telha desprendeu-se do telhado e feriu o velho mago na cabeça. Repousou no chão e deitou a cabeça nos ombros da jovem com o sangue a escorrer do ferimento.
Ao debruçar-se sobre ele, ela ouviu uma voz suave, como música vindo da distância. Os lábios de Artabano moveram-se como em resposta e ela escutou o que o velho mago disse na sua própria língua:
-- Não meu Senhor! Quando Vos vi com fome e Vos dei de comer? Ou com sede e Vos dei de beber? Ou quando Vos vi enfermo ou na prisão e fui visitar-Vos?
Por 33 anos, procurei-Vos, mas nunca vi a Vossa face, nem Vos servi, meu Rei!
E uma voz suave fez-se ouvir, mas desta vez dos Céus. A jovem também compreendeu as palavras: “Em verdade, em verdade vos digo que quando o fizeste a um destes meus irmãos a Mim o fizeste!”.
Uma alegria radiante iluminou a face calma de Artabano. Um suspiro longo e aliviado saiu dos seus lábios. A viagem para ele tinha terminado. O quarto mago compreendeu que tinha encontrado o seu Rei durante toda a sua vida!
Henry Van Dyke
domingo, 1 de dezembro de 2024
Santo André protege um bispo
Hoje, 30 de novembro, celebramos a festa de Santo André, irmão de São Pedro, no começo, discípulo de São João Batista e depois de Nosso Senhor Jesus Cristo, de quem foi o primeiro discípulo.
Santo André quase não aparece no Evangelho. Pronuncia algumas palavras na cena da multiplicação dos pães. É ele que diz: “Está aqui um menino que tem cinco pães de cevada e dois peixes, mas o que é isto para tanta gente?” (Jo 6,9). Em escritos apócrifos, aprendemos que, depois da dispersão dos Apóstolos, Santo André dirigiu-se ao país dos citas, povo iraniano de pastores nómades, que evangelizou, depois desceu à Grécia, onde, na Tessália, conheceu São Mateus. Finalmente teria ido ao Peloponeso e teria evangelizado a cidade de Patras. Aí converteu muitos pagãos, entre os quais se encontrava Maximila, esposa do procônsul Egeas. Este magistrado fez com que o apóstolo comparecesse perante o seu tribunal e, dizem os Actos apócrifos, Santo André falou-lhe da Paixão de Jesus Cristo, acrescentando que a cruz era um grande e formidável mistério. “A cruz”, respondeu Egeas, “não é um mistério, mas uma tortura. Farei com que também experimenteis este mistério”, e ordenou aos seus homens que prendessem André e o amarrassem à cruz pelas mãos e pelos pés, para que sofresse mais tempo. Quando André viu a cruz, em forma de X, cumprimentou-a de longe, dizendo: “Ó santa cruz, venho até Vós cheio de segurança e alegria para que que recebas o discípulo daquele que em Vós morreu. Ó venerável cruz, fazei com que volte para o meu mestre! “.
Um facto muito bonito é relatado sobre a proteção de Santo
André.
Um bispo que levava uma vida piedosa e tinha uma veneração
muito particular por Santo André, chegou ao ponto de ter o piedoso costume de
escrever no cabeçalho de todas as suas obras: “Em honra de Deus e de Santo
André.”
O demónio, que não suportava a virtude deste santo homem,
quis atacá-lo e assumiu a aparência de uma mulher de maravilhosa beleza. Ela
foi ao palácio episcopal e manifestou o desejo de se confessar. O bispo
consentiu e ela revelou-lhe ser filha de um grande rei e que tinha fugido da
casa paterna porque seu pai a queria casar com um jovem príncipe. “Dediquei-me
a Jesus Cristo”, disse-lhe ela, “e venho refugiar-me sob as suas asas, na
esperança de poder encontrar um refúgio tranquilo para poder levar uma vida
contemplativa”.
O bispo, admirado com tamanho fervor numa pessoa tão bonita
e com tanta firmeza e tanta eloquência, tranquilizou-a e convidou-a a partilhar
a sua refeição. Sentaram-se então à mesa e ela sentou-se à sua frente; os
outros convidados colocaram-se à sua direita e à sua esquerda, e o bispo tinha
os olhos fixos na senhora, não deixando de contemplar a sua beleza. Ao ao
sentir prazer nesta contemplação, o demónio, inimigo da raça humana,
infligiu-lhe uma grave ferida no coração.
De repente ouve-se um estranho a bater com força à porta e a
pedir, em voz alta, que se lhe deixassem entrar. O bispo perguntou à senhora se
concordava em receber aquele estranho. Ela respondeu: “Antes de o recebermos,
devemos fazer-lhe algumas perguntas um pouco difíceis. Propomos-lhe, pois, dois
enigmas que é inútil contar e que o estranho soube resolver perfeitamente. A
mulher disse então: “Façamos-lhe uma terceira pergunta, muito difícil,
pergunte-lhe qual é a distância entre a terra e o céu. O estranho respondeu ao
mensageiro incumbido de lhe fazer a pergunta: “Diga-lhe que responda ela mesma,
pois viajou pelo espaço que separa a terra do céu, quando foi lançada do céu
para o abismo”.
Quando o enviado relatou as palavras do estranho, a mulher
desapareceu subitamente e todos ficaram surpreendidos. O bispo quis conhecer o
estranho, mas este tinha desaparecido também e não foi encontrado.
Nessa mesma noite foi revelado ao bispo que este estranho
era Santo André que viera em socorro do seu devoto.
Nossa Senhora é seguríssimo refúgio e fidelíssimo auxílio de
todos os que estão em perigo. Não há mãe verdadeiramente católica que não sinta
receio pelo que possa suceder a seu filho. Ora, Maria Santíssima, a melhor de
todas as mães, quanta solicitude não terá para com os seus filhos que vivem
neste mundo, sujeitos a toda a sorte de riscos?
Plinio Corrêa de Oliveira
segunda-feira, 4 de novembro de 2024
A morte de um fundador
"A morte de um fundador de ordem religiosa ou congregação quase sempre ocorre entre sinais ou associações à santidade por seus filhos espirituais, que buscam nas graças dos céus concedidas a ele, o reforço da missão à qual dedicou a vida e sobre a qual se dedicarão, a partir dali, os seus membros a exemplo do fundador. Nem sempre, porém, os sinais são tão evidentes ou claros quanto o que vimos no final da última semana, diante do falecimento do fundador dos Arautos do Evangelho.
"Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, 85 anos, morreu na
sexta-feira, 1 de novembro. Fundador dos Arautos do Evangelho, a entrega de sua
alma ocorreu em meio a diversos sinais vistos por muitos, e diante dos quais
não pairam dúvidas. Em primeiro lugar, se dá um dia após o aniversário de sua
Primeira Comunhão, ocasião em que pôde receber também pela última vez o Corpo
de Cristo. Aos que acusam os Arautos de uma devoção exagerada ou veneração
precipitada ao fundador, não se pode dizer que essa coincidência foi inventada
por eles. Depois, o dia 1 de novembro, data em que o mundo inteiro celebra o
Dia de Todos os Santos, exceto no Brasil, terra do Monsenhor, que repete talvez
o ditado que “santo de casa não faz milagres”. O Brasil é conhecido por ter
seus heróis valorizados mais fora do que dentro de nossas fronteiras, ao menos
oficialmente: a Igreja, no Brasil, transfere a solenidade para o domingo
seguinte, diferente da maior parte da Igreja Católica no mundo. Ainda assim, a
Solenidade do domingo marcou a despedida e última missa exequial do Fundador
que teve como mestre espiritual Plinio Corrêa de Oliveira, também chamado fora
do Brasil pelo título de Cruzado do Século XX.
"Uma foto que vem circulando entre seus membros mostra um arco-íris
bem acima da Basílica em que foi velado o corpo do Monsenhor, na cerimônia de
três dias que se encerrou neste domingo. Esta simbologia poderia ser comparada
àquela de uma outra foto, a do famoso raio no Vaticano. O raio como símbolo do
castigo e o arco-íris, da esperança. A tibieza de parte do clero será
certamente cobrada com altos juros, ao passo que a verdadeira esperança que a
Igreja oferece é aquela de sempre: o desejo pela santidade pela radicalidade do
serviço às almas, do apostolado vivo que parece só poder renascer no mundo
quando há uma ordem forte e devota de seu fundador. O amor ao fundador é, ao contrário
do que prega a malícia do mundo, o fermento da verdadeira ação da graça na Igreja,
tendo disso tanto exemplos na história: jesuítas, franciscano, dominicanos e
tantos outros, que tiveram seus fundadores como sinais visíveis de Deus na
Terra.
"A estrutura criada pelos Arautos do Evangelho tem sido
fundamental para a manutenção da vida religiosa, por meio de uma criteriosa
educação católica de meninos e meninas, buscando a preservação da inocência e a
verdadeira formação para a santidade entre uma multidão crescente de famílias.
Neste crescimento, decerto um tanto silencioso, avança aquela contrarrevolução
sonhada por Plinio Correa, posta em ação de maneira ainda mais profunda por
Monsenhor João ao seguir radicalmente os passos de seu mestre, o seu fundador.
"O exemplo contrarrevolucionário dos Arautos deveria servir
de grande alerta e admoestação a todos os que pensam enfrentar um mundo moderno
anticristão por meio de suas próprias forças, sejam políticas, retóricas ou
intelectuais, esquecendo-se que todo sucesso vem de Deus e que ninguém vencerá
absolutamente nada sem estar radicalmente unido a Ele. E esta união, defendida
por Plinio Corrêa, só poderia ser feita através da Virgem Maria, Mãe do
Redentor, canal de graças por onde o próprio Deus quis vir ao mundo e forma
perfeitíssima de acesso a Ele neste mundo. Não por acaso, todas as obras marianas
da história da Igreja tiveram uma profusão de graças e realizações incríveis, sendo,
porém, igualmente perseguidas em alguma medida pelas forças das trevas representadas
pelos poderes deste mundo.
"Os Arautos são radicais na devoção à Eucaristia: seus
membros, religiosos, religiosas e sacerdotes, recebem o Corpo de Cristo duas
vezes por dia, o máximo que é permitido. Isso se deve a uma percepção do
fundador, de que, se o mundo amplia a cada dia as oportunidades de pecado, como
vemos, é preciso que se amplie ainda mais as oportunidades de graça, sob pena
de não perseverar. Para eles, que são tidos como exagerados e radicais por um
mundo indiferente e tíbio, uma alma que não se esforce ao máximo para obter a
santidade por meio da graça, disponível exclusivamente na Igreja Católica, não
mantém estabilidade nem mesmo na obediência aos 10 mandamentos, não podendo,
portanto, salvar-se. Esta perceção vem de Plinio Corrêa, que viu o mundo caminhar
pelos passos da Revolução, que evoluiria até o culto ao demônio em sua mais radical
literalidade. Se vemos, hoje, o mal se apresentar de maneira cada vez mais
radical, não é na radicalidade que os bons precisam se enfileirar?
"A metáfora da guerra, da batalha, sempre foi a que mais
santificou na Igreja. Esta combatividade, no entanto, recebeu um recuo
gigantesco no século XX, sendo esta a razão principal da crise atual e não
outra".
Cristian Derosa, Instituto Estudos Nacionais
Jornalista e escritor, autor do livro O Sol Negro da Rússia:
as raízes ocultistas do eurasianismo, além de outros 5 títulos sobre jornalismo
e opinião pública. Editor e fundador do site do Instituto Estudos Nacionais
Falece um exímio formador, verdadeiro guerreiro de Maria Santíssima, filho espiritual de Plinio Correa de Oliveira e pai de uma grande família de almas
Depois um longo período de sofrimento, no dia 1 de novembro de 2024, Solenidade de Todos os Santos, Mons. João Scognamiglio Clá Dias, EP, fundador dos Arautos do Evangelho, entregou a sua alma a Deus.
Não há maior amor do que sofrer e oferecer a sua vida pela
Santa Igreja, pelos seus filhos espirituais e por uma Obra que congrega quase
duzentos sacerdotes, milhares de religiosos e religiosas, bem como centenas de
milhares de leigos, de famílias que vivem intensamente a vida cristã, segundo o
carisma dos Arautos, em mais de 70 países.
O Salmista recorda que “Deus é admirável nos seus santos”
(Sl 67, 36) e é verdade que Ele continua a “fazer” coisas extraordinárias
através de homens bons e fiéis. Hoje os nossos pensamentos e as nossas orações
voltam-se de forma particular para Mons. João Clá. Todos aqueles que tiveram a
felicidade de serem formados por ele, de terem aprendido a amar a Sagrada
Eucaristia e a louvar Nossa Senhora, a consagrarem-se a Ela, segundo o método
de São Luís Maria Grignion de Montfort, graças a ele, manifestam com filial
veneração a sua eterna gratidão a um exímio formador e um verdadeiro guerreiro
da Santíssima Virgem.
Do Céu, certamente, Mons. João Clá continuará a inspirar os
Arautos do Evangelho a fim de que sejam sempre fiéis ao seu carisma, que
continuem a formar a juventude e que lutem pelo triunfo do Imaculado Coração de
Maria, como Nossa Senhora prometeu em Fátima.
quinta-feira, 24 de outubro de 2024
Nossa Senhora pede-nos o oferecimento da vida sem vermos a vitória
Deus quer almas que se Lhe entreguem inteiramente (...) para serem aventureiros da Virgem Maria, mas aventureiros de uma aventura singular, porque é uma aventura que tem consigo a certeza de que haverá risco, mas que haverá vitória! Não há dúvida sobre a vitória. Não há dúvida sobre o êxito inteiro da ação empreendida.
Sabemos que haverá muitos obstáculos. Mas, para além dos obstáculos, veremos a Santíssima Virgem, a Nossa Senhora dos Milagres, que pode fazer milagres, e que tem feito e que fará ainda. Ela pode fazer milagres para vencer. Mas a nossa aventura é tal que, ainda que se tenha que operar milagres, ela será conduzida a bom resultado.
Onde está Nossa Senhora não há derrotas possíveis, depois disso vem necessariamente uma pergunta de Deus, uma pergunta de Nossa Senhora: "Meu filho, pedi-te que entres nessa aventura. Tu entrastes na aventura porque te parecia boa, porque te parecia formosa. Foste atraído pela aventura. Mas Eu queria saber se o teu amor por Mim é tão grande, que mesmo que essa aventura não tivesse resultado, mesmo que não produzisse consequências, mesmo que tu e os teus companheiros de ação devêsseis ser derrotados, ignorados pela História, sob o riso dos Meus inimigos, esmagados para a Minha glória, para serdes heróis no Reino dos Céus e exclusivamente por amor a Mim, sem pensar nos resultados terrenos, Eu quero saber se o vosso entusiasmo, se a vossa dedicação iria bastante longe para aceitar também este risco. Aceitar também a possibilidade de um holocausto completo, de um oferecimento da vida, com a aceitação do insucesso. Ou seja, o oferecimento da vida, a aceitação da morte, sem ter a certeza da vitória".
Houve tantos e tantos que assim morreram pela Igreja. Pensem nos Cristeros do México no século passado. Pensem nos Chouans da França. Pensem nos carlistas da Espanha, pensem nos heróis da Reconquista castelhana, da Reconquista portuguesa. Esses heróis, na maior parte dos casos, morreram nos séculos da reconquista, durante os quais não tinham a certeza de que afinal os católicos venceriam os mouros. Não tinham certeza de que a guerra santa, na qual morriam, ia vencer.
Mas, eles aceitavam a morte com um olhar sobrenatural. Não lhes importava a vida, não lhes importava a glória terrena. Eles queriam o sacrifício, a integridade da sua dedicação a Nossa Senhora. E é porque a sua dedicação foi levada até este ponto que Nossa Senhora lhes deu a coroa. Porque a coroa da vitória final deve ser dada não aos que aceitam a luta para obter a vitória, mas para aqueles que aceitaram a luta, mesmo que não tivessem a vitória! Estes merecem a vitória.
Um que entra para uma luta olhando mais para a vitória que para o ideal, olhando mais a satisfação do amor-próprio de ser um vencedor, do que os direitos da Rainha destronada, pela qual é necessário morrer, este não tem condições de alma para ser uma pedra viva do Reino de Maria.
O Reino de Maria vencerá. O Reino de Maria será edificado, e será uma construção ainda mais magnífica do que a Idade Média! Mas, esta construção só terá sua força, se for edificada sobre homens absolutamente desinteressados! Homens capazes, na luta de todos os dias, de dizer duas coisas simultâneas a Nossa Senhora: "Minha Mãe, eu creio na vossa promessa e eu creio no sucesso, mas, minha mãe, mesmo que não me devesses dar o sucesso, eu igualmente lutaria por Vós, porque sois minha Mãe, e eu não quero o meu sucesso, mas o vosso. E se outros terão de colher o sucesso, eu terei semeado o sucesso pela minha dedicação, eu estarei contente, minha Mãe, porque terei vivido e terei morrido herói anônimo por Vós".
Esta é a prova de dedicação que Nossa Senhora nos pede. É de ter este estado de espírito, por onde ao mesmo tempo temos a certeza da vitória, mas sejamos completamente desapegados da vitória.
E qual é a maneira pela qual esta prova se dará? Ela dar-se-á pela vida de todos os dias. Há de suceder, necessariamente, que os senhores terão dificuldades. Há de suceder que rirão dos senhores. Há de suceder que em muitas ocasiões, os senhores comecem atividades apostólicas e não tenham o sucesso imediato. Há de suceder que algumas vezes, pela miséria humana, os senhores se entendam mal uns com os outros, e que haja dificuldades inclusive entre os senhores. Há de haver momentos em que não acontece nada de novo.
E os senhores veem então grandes forças internacionais, imensas que parecem furacões, que se levantam contra a Igreja Católica e a Civilização Cristã! E os senhores sentir-se-ão pequenos.
Nesse momento a vossa vocação vai ser posta à prova. E nesses momentos é preciso não ter indecisão, não ter nenhuma forma de dúvida. Ter uma dedicação completa. Vós deveis dizer: "Eu estou certo de que mais cedo ou mais tarde o sucesso virá. Eu esperarei o sucesso rezando, aceitando os insucessos parciais com coragem de um verdadeiro lutador, porque um dia Nossa Senhora me ajudará"!
Plinio Corrêa de Oliveira
Os fracassos da educação nascem do esquecimento do fim último das crianças
A edução das crianças depende do conceito da vida. Vive-se como se pensa e educa-se como se vive, ou como os meios de comunicação de massas diz que vivemos ou devemos viver. E este conceito da vida envolve uma doutrina da educação e toda doutrina de educação baseia-se numa filosofia de vida que, no fundo, pode ser resumida em duas perguntas: Que é o homem? Para que está neste mundo?
As diferentes respostas a estas perguntas indicam os rumos que as sociedades dão à educação.
Para nós católicos as respostas são simples.
Que é o homem? Ele é um ser composto de corpo e de alma, portanto, com inteligência, vontade e sensibilidade. Ele é uma pessoa irredutível e membro de uma família, uma pequena sociedade onde nasce, depois escolhe uma profissão e trabalha, finalmente, vive, seguindo as leis e regras do Estado. Como tem uma alma imortal, é filho do tempo, mas destinado à eternidade. Senhor absoluto dos seus atos, pelo livre-arbítrio, mas súdito incondicional de Deus, e submisso às justas leis da sociedade em que vive. O homem, com instintos que pedem satisfação, tem por outro lado, exigências morais que o obrigam a usar dos instintos dentro de normas que os precedem e transcendem. É um ser composto de fraquezas e de forças, de egoísmos e generosidades, possuindo entrelaçadamente como já referi, o intelecto, a vontade e sensibilidade, que se distinguem, mas não se separam, pelo contrário, ligam-se e completam-se numa maravilhosa unidade.
Para que está neste mundo?
O homem foi criado por Deus, inocente e puro. Mas caiu. Quando a mão de Deus o ergueu, pela misericórdia da Redenção, já não era o mesmo. A queda não apenas lhe arrebatara a graça santificante e os dons preternaturais, como também desequilibrou o seu próprio funcionamento natural. As paixões desordenam-se, inclinando-o para o mal. Ele ficou com a inteligência turvada, a vontade enfraquecida, tornando-o incapaz de praticar o bem. Mesmo reconduzido à graça, pelo batismo, pesam-lhe as consequências da queda. Correspondendo à graça, pode, com algum esforço, manter o equilíbrio, vivendo no bem e na virtude. Tendo sido criado para o Céu, vive desgostoso e insatisfeito na terra, de tal maneira inquieto que só sossega, quando descansa em Deus. Dir-se-ia que sente uma nostalgia da Casa Paterna, uma como saudade daquelas tardes em que o Senhor descia a passear com ele no Paraíso (Gn 3, 8). Na verdade, nunca se esqueceu que Deus é o seu primeiro princípio e o seu último fim.
Só com esta visão completa do homem, estaremos em condições de proporcionar às crianças uma educação integral. Encarando o homem como ele é, podemos torná-lo como deve ser. Deveria ser, portanto, dever do educador explicar e apresentar aos pequenos a multiplicidade das suas funções orgânicas e espirituais, no seu destino terreno e eterno, nas suas atividades individuais e sociais, a fim de que aprendam uma hierarquia de valores, que lhes dará um rumo certo à educação, não deformando o conjunto, nem perturbando a harmonia das suas finalidades.
A criança deve aprender que tudo existe em vista de um fim. Nas várias finalidades humanas, uma deve dominar a todas e é, por isso mesmo, o motivo primeiro e último da existência. Todos os fins particulares, importantes que sejam, devem subordinar-se e servir a este último fim, cuja consecução deve ser a maior preocupação da vida, o seu verdadeiro ideal. Isto é de tal modo vital, que a vida só tem sentido em vista deste fim: perdido ele, tudo fica perdido, mas se for alcançado, tudo se ordena, e até os fins secundários são mais facilmente atingidos.
Portanto, a salvação da alma domina e deve canalizar tudo. Temos um fim último eterno, que, por isto, constitui toda a nossa felicidade e cuja perda é para nós a suprema desgraça. Mas, nem por isso se desfazem os demais fins da vida. Pelo contrário, convergem e orientam-se todos para ele.
Este é o verdadeiro conceito do homem e da vida e, por ele, devemos educar os nossos filhos e netos: “Cuidar do corpo para servir à alma. Cuidar da inteligência para servir à vontade; cuidar da vontade para servir a Deus”.
Os fracassos da educação nascem do esquecimento do fim e dos meios sobrenaturais para atingi-lo. E aquele homem do dever, senhor de si, de vontade firme, em busca de perfeição, por mais que se façam esforços, não se consegue sem o ideal cristão, o amparo da oração, a força dos sacramentos. Na educação, como em tudo, é cabal a palavra do Divino Mestre: “Sem Mim, nada podeis fazer” (Jo 15, 5).
É pena que, em lugar de impulsionar as crianças para Deus, sejam alguns “educadores” os primeiros a extinguir neles o Espírito, penetrando-as de ideais errôneos e enchendo-lhes de terra o coração. A criança em sua recetividade generosa é campo fecundo para a impregnação cristã. Facilmente, poder-se-ia comunicar o conceito cristão da vida, uma vontade disposta a fazer o bem, na intenção de fazer sempre o agrado do Pai (Jo 20, 9-29).
sábado, 19 de outubro de 2024
O poder da oração
Onde, pergunto-me, encontrar um tesouro maior do que a oração? Onde podemos encontrar uma mina mais rica e fecunda?
Ouçam, novamente, o que diz outro doutor, muito religioso e santo, ao tratar do mesmo assunto:
“Na oração, a alma purifica-se do pecado, a caridade nutre-se, a fé enraíza-se, a esperança fortalece-se, o espírito alegra-se, a alma derrete-se de ternura, o coração é purificado, a verdade é descoberta, a tentação é vencida, a tristeza foge, os sentidos são renovados, a tibieza desaparece, a ferrugem dos vícios é consumida; desta prática surgem também faíscas vivas, desejos ardentes do Céu, e entre essas faíscas arde a chama do amor de Deus".
São grandes, é preciso
admiti-lo, as excelências da oração e os seus privilégios são admiráveis! A ela
os Céus abrem-se, a ela revelam-se segredos, à sua voz o ouvido de Deus está
sempre atento. Não direi mais nada. Isto é suficiente para termos uma ideia do
fruto deste santo exercício.
São Pedro de Alcântara, Padroeiro do Brasil
quarta-feira, 2 de outubro de 2024
Oração do Professor Dr. Plinio Corrêa de Oliveira ao Anjo da Guarda
Meu Santo Anjo da Guarda, sei que dentro dos planos divinos deveis, pelos desígnios de Deus, exercer especial papel na realização da minha vocação. Vós, com todos os Espíritos Celestes, possuís uma missão altíssima na luta contra a Revolução (do bem contra o mal no mundo). Dirijo-me a todos vós tendo presente a vinculação que estas circunstâncias estabelecem honrosamente de mim para convosco.
Em nome desse vínculo, suplico-vos: “Obtende da Rainha do
Céu que a vossa ação se intensifique e tome toda a magnitude proporcionada com as
minhas debilidades, infidelidades, fraquezas, com o meu desejo de servir
inteiramente a Causa da Igreja Católica e da Civilização Cristã”.
Peço-vos, portanto, que intervenhais quanto antes sobre as
pessoas e os acontecimentos de maneira que, libertos da ação do demónio, a qual
hoje atingiu um auge, possamos pertencer-vos inteiramente e ser os vossos
guerreiros na grande luta espiritual que se aproxima.
Cfr. Plinio Corrêa de Oliveira
Oração de Santo Ildefonso a Nossa Senhora
Ó doce Virgem, iluminadora dos corações, curai a minha cegueira, iluminai a minha fé, fortificai a minha esperança, ascendei em mim a caridade ... Como aurora brilhante que precedeu o Sol eterno, esclarecei o mundo com a luz da graça, iluminai a Igreja com o brilho das vossas virtudes.
Ó gloriosa Soberana, sois Aquela que a Escritura fala nos
seguintes termos: “Deus disse: Que a luz exista, e a luz existiu”. Ó luz pura,
luz encantadora, luz que ilumina o céu, fazendo tremer o inferno! Luz que traz
de volta os perdidos, fortifica aqueles que desanimam, alegra os Anjos e todos
os Santos da Corte Celeste! Ó luz reveladora dos mistérios que mostrai as
coisas escondidas e dissipai as trevas! Fazei-nos ver os nossos pecados,
reerguei o que em nós está em ruínas, dissipai as nossas trevas, curai os
doentes, conduzi os pecadores às vias da penitência.
Santo Ildefonso, sermão 17
Consagração ao Anjo da Guarda
Desde o século XVI, o Papa Paulo V oficializou o dia 2 de outubro como festa dos Anjos da Guarda. Solícitos e puros, os Anjos são fiéis mensageiros de Deus e da sua Palavra. Força de Deus, Remédio nas fraquezas da vida, guias e companheiros da nossa humana jornada. Os Anjos guardam os nossos passos, protegem-nos de todos os males e levam as nossas orações à divina presença.
Assim, para proteger-nos no combate contra o demónio, o mundo e a carne, peçamos ao nosso Anjos da guarda, invisível e forte defensor, que nos guarde hoje e sempre. Melhor ainda, consagremo-nos ao nosso Anjo da Guarda por meio da seguinte oração:
“Santo Anjo da Guarda, desde o início da minha existência, Deus Vos confiou a missão de me proteger e guiar. Na presença de Deus, meu Senhor e Mestre, de Maria Santíssima, minha Mãe Celeste, de todos os Anjos e Santos, eu, ........., pobre pecador, consagro-me hoje a vós.
Peço-vos que me tomeis pelas mãos e não mais me largueis. Por estas mãos, que agora são também vossas, prometo fidelidade e obediência constantes a Deus e à Santa Igreja.
Prometo venerar sempre Maria Santíssima, como minha Soberana, minha Rainha e minha Mãe e imitar a sua vida.
Prometo também venerar-vos sempre, meu santo protetor, e propagar, segundo os meus meios, a devoção aos santos Anjos, a fim de obter o socorro da vossa proteção, prometida especialmente nos momentos, como os nossos, em que se travam batalhas espirituais, a favor ou contra o Reino de Deus.
Obtende-me, eu vos suplico, ó Santo Anjo de Deus, que o amor de Deus me consuma e que a fé infalível me guarde de todo o desvio ou passo em falso. Pela vossa mão poderosa, afastai de mim os assaltos do inferno.
Peço-vos, pela humildade de Maria Santíssima, que me liberte de todos os perigos, para que, sob a vossa proteção, chegue às portas da Cidade Celeste e convosco louve a Deus pelos séculos dos séculos. Amém".