Vós me ouvistes falar várias vezes, e nunca ouvistes de mim — quer vós, meus amigos de sempre que há trinta e quarenta anos comigo trabalhais, quer vós meus amigos de hoje que neste momento a bem dizer começais a me conhecer — a seguinte frase: eu elaborei uma doutrina, eu construí um pensamento, eu fundei uma escola, eu fiz isto, eu fiz aquilo.
Tudo quanto tenho feito na minha vida, por um dever de
justiça, na alegria e no entusiasmo da minha alma, no reconhecimento e na
gratidão, tenho apresentado como sendo doutrina da Santa Igreja Católica
Apostólica Romana.
Porque se alguma coisa em mim há de bom, não é senão
resultado do fato de que Nossa Senhora me alcançou a graça — a qual não tenho
palavras para agradecer e espero poder passar junto a Ela a eternidade inteira
agradecendo — de ter sido batizado, ser filho da Santa Igreja Católica
Apostólica Romana.
Eu não sou, eu não pretendo ser senão um sino. Menos do que
um sino: um eco do grande sino que é a Igreja Católica Apostólica Romana. Eu
pretendo prolongar esse ensinamento— não como ministro, não como mestre, mas
como discípulo fiel e transido de alegria pela glória de ser discípulo. Somos o
eco que no meio da batalha prolonga e leva ao longe a voz do sino, fazendo-a
ouvir por toda a parte.
Meu desejo na vida não é senão repetir. Repetir aquilo que
eu ouvi da Santa Igreja. Esta fidelidade que até ao dia de hoje eu mantive e
que Nossa Senhora — espero — me outorgará até o fim de meus dias.
Plinio Corrêa de Oliveira
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