Quando Nossa
Senhora de Fátima apareceu aos três pastorinhos, a 13 de julho de 1917, e
disse-lhes que a “a Rússia espalharia os seus erros pelo mundo inteiro”, não se
podia compreender o significado destas palavras proféticas.
Com mais de 90
anos de recuo histórico, o que vemos? O
que a história tem para nos contar, ou mostrar?
O comunismo tolheu direitos sagrados e
inalienáveis
Como reação
natural contra os abusos espoliadores do liberalismo económico, surgiu no
século XIX uma corrente económica-politico-social, que teve em Karl Marx o seu
cérebro e a sua estrutura.
O marxismo propos-se
libertar o operário de uma exploração capitalista iníqua, mas não fez mais que
enredá-lo numa escravidão mais aviltante e mais baixa do que a vivida nos
tempos anteriores ao advento da era cristã. Com efeito, esqueceu a dignidade
humana e cristã da pessoa humana, redimida por Cristo e por Ele exaltada ao pedestal
de filha de Deus, e despojou-a de direitos sagrados e inalienáveis, tais como :
o direito à liberdade, o direito a constituir família, o direito à
propriedade...
Acima de todas
estas negações, de si já graves e comprometedoras, pretendiam os sistemas
socialistas arrancar do coração do homem a sua dimensão mais nobre, ou seja, a
noção de um destino humano superior ao destino terrestre. Insurgiram-se assim,
contra uma constante ininterrupta da história multimilenária da Humanidade,
condensada na definição de Mark Twain: “O homem é um aninal religioso” (Mark
Twain, cartas da Terra).
Luta
ideológica: ciência contra a religião
Os marxistas
tentaram mostrar o fundamento terreno da religião e o seu caráter historicamente
acidental, sempre dependente das variadas formas de consciência social dos
homens e determinada pelas condições concretas da sua existência vivida em
comum.
Engels escreveu
que “toda a religião não é mais que um reflexo fantástico na mente humana
daquelas forças que dominam a vida diária, reflexo em que as forças terrenas
assumem a forma de forças sobrenaturais” (Anti-During, N. I. p. 353 apud
Charles J. Mc Fadden, tradução A. Alves de Campos, Filosofia do Comunismo,
União Gráfica, Lisboa, 1961, p. 145).
Por outro lado,
Marx afirma: “a religião não vive no Céu, mas na Terra. Morrerá por si mesma,
logo que seja destruída a realidade perversa de que ela é a teoria” (L’athéisme
militant en URSS, Informations Catholiques Internationales, nº 115, p. 13),
referindo-se à estrutra social exploradora imperante, que era o capitalismo.
Bukharin, intelectual
e político bolchevique, defende que a “religião foi no passado, como ainda hoje
o é, um dos mais poderosos meios de que dispõem os opressores, para manter a
desigualdade, o despotismo e a obediência servil dos trabalhadores” (O ABC do
comunismo, Londres, 1922, p. 247, apud Charles J. Mc. Fadden, op. Cit. P. 149).
E Lenine conclui que “o proletariado tem que empreender uma luta aberta para
abolir a escravidão económica que é a fonte real do engano religioso da
humanidade” (Lenine, Religião, 1935, ibid. P. 152).
No programa do
Partido Comunista da URSS foi inscrito: “a realização da planificação e da
tomada de consciência, em toda a atividade social e económica das classes,
trará consigo a total destruição de preconceitos religiosos” (L’atheisme militant
en URSS, Informations Catholiques Internationales, nº 115, Paris, p. 14).
Leonid Ilitchev, presidente
da Comissão ideológica do Comité Central do Partido Comunista, proclamou-se
fiel à nova tática, inaugurada em 1945 e estilizada no slogan : “ciência contra
a religão”. São dele estas palavras: “o nosso dever consiste em combater
ativamente a ideologia religiosa, criando em todos os sovietes uma concepção
científica do mundo, uma ideologia científica, uma maneira científica de agir e
de pensar” (Le rapport Ilitchev, Informations Catholiques Internationales, nº
211, p. 16).
Lamentamos não poder
transcrever na íntegra o extenso relatório Ilitchev, pois da sua simples
leitura se concluiria a intensidade da dramática ofensiva anti-religiosa de que
se revestiu a URSS no século XX, até aos anos 90. Para Ilitchev, “a religião
representa a imagem fantástica e desnaturada do mundo que paralisa o espírito
do homem com os dogmas e asfixia todo o pensamento criador” (Ibid. p.16).
Missa secreta num bosque da Ucrânia |
Encontramos em
Lenine palavras, que são expressão inequívoca
de uma linha de agir, tendente a arrancar do coração do povo as últimas
fibras de sentimento religioso: “a luta contra a Religião não deve limitar-se,
nem reduzir-se a uma disputa abstrata ou ideológica. Deve ligar-se ao movimento
prático e concreto de classes. Será sua finalidade arrancar as raízes da
Religião” (Lenine, Religião, p.14, apud Charles J. Mac Fadden, op. Cit., p.
153).
E do “programa do Partido Comunista” de 1936 salientamos: “Uma das tarefas mais importantes da revolução cultural que afeta as grandes massas, é a maneira de combater, sistemática e implacavelmente, a Religião, o ópio do povo (...). Enquanto o Estado proletário concede liberdade de cultos e suprime a posição privilegiada da Religião antes dominante (Igreja Ortodoxa), prossegue a propaganda anti-religiosa por todos os meios e reconstroi a totalidade da sua empresa educadora sobre a base de um Materialismo Científico” (Programa da Internacional Comunista, 1936, p. 54, ibid. p. 154).
Luta Política para propagar a instrução científica
e anti-religiosa, seguida de perseguição
Se no campo
ideológico manifestou-se uma hostilidade irredutível e demolidora de todos os
princípios tradicionais cristãos, que dizer da política seguida pela URSS, para
traduzir em atos essa ideologia perversa?
Para responder a
esta pergunta bastar-nos-á recorrer à história e pedir-lhe alugns depoimentos
relativos ao modo como, desde a Revolução de Outubro de 1917, até os anos
noventa, foi tratada a Religião. Não pretendemos, evidentemente, em simples
artigo, ser exaustivo em assunto, infelizmente, tão vasto e complexo.
Como medida
legislativa, foi logo incluída no artigo 9 do Decreto de 23 de Janeiro de 1918,
a nacionalização dos bens da Igreja e a interdição do ensino religioso em
estabelecimentos de ensino público e privado. O artigo 121 do Código Penal
ameaçava, além disso, com um ano de trabalhos forçados, quem se atrevesse a
ensinar matérias religiosas a jovens que não houvessem ainda atingido a
maioridade.
Em 1919, o
Partido definia assim a finalidade da sua existência: “ajudar as massas
trabalhadoras a libertar-se dos preconceitos religiosos e desenvolver para isso
a mais larga propaganda de instrução científica e anti-religiosa. Neste
trabalho, é conveniente evitar cuidadosamente qualquer ofensa aos sentimentos
dos crentes, o que iria reforçar mais o fanatismo religioso” (L’atheisme
militant en URSS, Informations Catholiques Internationales, nº cit., p. 14).
Esta cláusula do
Partido não foi, porém, seguida e dizem as estatísticas que, nos três primeiros
anos após a Revolução, foram liquidados 1.215 sacerdotes e 28 bispos.
Faltam-nos elementos para poder concretizar em números as prisões, as
deportações e as torturas, com que foi provada a fidelidade dos cristãos à sua
Fé.
Durante alguns
anos, os métodos violentos deram lugar a uma intensa campanha de doutrinação
materialista, levada até ao extremo de ironizar os meios de salvação, postos
pela Igreja à disposição dos seus fiéis.
Coincidindo com a
medida governamental da coletivização forçada, em 1929, desencadeou-se uma nova
ofensiva anti-religiosa. A “liga dos ateus militantes”, já fundada em 1925 pro
Yaroslawski, intensificou a sua ação de destruição e de ódio: foram profanadas
muitas igrejas e transformadas em armazéns ou cinemas; organizaram-se
concentrações espetaculares, para nelas serem ridicularizadas e destruídas
imagens; nas escolas é introduzido um ensino anti-religioso progressivo e
adaptado à mentalidade e desenvolvimento dos alunos.
Por volta de
1936, verificou-se uma certa distenção, visivelmente acentuada em 1941, quando
a Alemanha invadiu a Rússia. Estaline concedeu, então, aos chefes da Igreja
Ortodoxa russa, autorização de livremente organizarem a vida religiosa das suas
igrejas. Ocultar-se-ia por detás dessa medida, qualquer manovra? O que se sabe
é que essa liberdade foi “sol de pouca dura”.
Com efeito, data
de 1945 a mais diabólica perseguição, movida pelo comunismo contra as
sobrevivências religiosas; a sua arma mais poderosa, foi o uso do já citado
slogan: “ciência contra a religão”.
Em 1947, foi
fundada a Sociedade Pan-Unionista para a “Disseminação dos Conhecimentos
Políticos e Científicos”, que preenchendo, de certo modo, o vazio deixado pelo
desaparecimento da “Liga dos Ateus Militantes”, em 1941, se obstinou desde o
seu início, “em propagar a concepção materialista do mundo e lutar contra as
sobrevivências de uma ideologia estranha à consciência dos homens” (ibid. p.
15). Nos anos 60, em plena laboração, chegou a publicar por ano centenas brochuras
em várias línguas, organizou conferências nas fábricas e nas empresas, promoveu
colóquios, com o objetivo de provar a contradição intrínseca existente entre a
ciência e a religião.
Reflitamos agora sobre
o papel relevante que desempenharam na doutrinação materialista, além da Sociedade Pan-Unionista, as diversas
organizações do Partido, os Sindicatos e as “Casas e Clubes do Ateismo”. As “Casas
do Ateismo” foram instuições existentes nas principais cidades e aglomerados
populacionais, sobretudo da Ucrânia, zona onde estavam ainda mais profundamente
arreigadas as crenças religiosas. Sujeitando-se , segundo a especialidade, por
cada uma das 7 seções em que estão divididas, dedicavam-se ao estudo e à
propaganda das mais eficazes experiências
anti-religiosas. Para obter essa finalidade, as “Casas e Clubes”
organizavam serões especializados para jovens de todos os setores, para
intelectuais, para mulheres, etc., e exposições itinerantes de quadros de
pintores ucranianos e russos dos séculos XIX e XX sobre temas religiosos.
No mês de agosto
de 1959, o jornal “Pravda”, explorando talvez a presença em Moscovo de Giorgio
la Pira, Presidente da Câmara de Florença, católico convicto e amigo pessoal de
Kruschtchev, publicou um artigo bastante venenoso. Depois de recordar “que não
é permitido ofender o sentimento religioso dos crentes, usando um tom pouco
respeitoso”, insurgia-se contra o clero e os sectários, por quererem adaptar a
religião às condições modernas. E um pouco adiante, acrescentava “... para
eliminiar as superstições religiosas, é preciso um trabalho longo e difícil,
uma grande paciência e muita seriedade” (ibid., p. 17).
Foi
extraordinariamente intensa a propaganda anti-religosa na Ucrânia. Eliminado em
1946 o quadro administrativo da Igreja Católica, a vida religiosa passsou a ser
aí alimentada quase exclusivamente pela Igreja Ortodoxa Russa. Porém, também
esta foi submetida a uma autêntica perseguição, cada vez mais feroz e sanrenta.
Soube-se, por exemplo, por alguns turistas, que por lá passaram, a existência
de um “plano septenal”, que se propunha liquidar totalmente a religão até 1965.
Essa perseguição traduziu-se: no encerramenteo de mais de 500 igrejas, no curto
espaço de três anos; na supressão de mosteiros e seminários; na atribuição dos
piores crimes a bispos e sacerdotes, que foram arrastados aos tribunais e
condenados; no asfixiamento do múnus
paroquial, através da imposição brutal de impostos; enfim, no apoio de todas as
formas de manifestações e de propaganda anti-religiosa. Eis mais alguns números
que, na sua eloquência muda, apresentam aquela que era uma realidade
confrangedora:
Desde 1959 até aos
anos 90, as autoridades soviéticas fecharam ou destruíram mais de 10.000
igrejas, dispersaram umas 40 comunidades monásticas das 67 existentes, restaram
apenas 3 seminários dos 8 em atividade, foi interdita a frequência da igreja e
a recepção dos sacramentos aos jovens desde os 3 aos 18 anos...
Esta revelação
pungente, quando foi conhecido no Ocidente, levou François Mauriac a exclamar
numa reunião do Comité interconfessional francês, para esclarecer a situação
dos cristãos na URSS: “Quando o Cristo é crucificado em Moscovo e lança um
grande grito sobre a cruz, nós ouvimos em Paris! Cristo está em agonia. Nós não
devemos dormir durante este tempo”.
A “nova carta da
propaganda anti-religiosa”, a extensa declaração de Ilitchev, a que atrás nos
referimos e que foi publicada em Moscovo em 17 de Janeiro de 1964 confirma, de
maneira arrepiante, a fidelidade à ideologia marxista-leninista.
Devido a
circunstâncias, ou motivos especiais, variou por vezes a atitude do regime
soviético relativamente à Igreja: não mudou, porém, jamais, nas suas linhas
estruturais, a posição teórico-ideológica relativamente à religião.
Posição católica sobre o comunismo
Assentando, o
Cristianismo sobre a ideia de Deus, a Quem o comunismo considera “um mito”, e
sendo uma religião de vida, a que o comunismo, pela pena de Karl Marx, chama “ópio
do povo”, tendo em conta ainda o que até agora se escreveu, vem a propósito
perguntar: será possível uma aproximação, um trabalho de colaboração, o
estabelecimento de um diálogo entre a Igreja e o comunismo”.
Reproduzimos as
palavras de Pio XI, no dia 19 de março de 1937:
“... no que se
refere a erros do comunismo, já no ano de 1846, o Nosso Venerando Predecessor,
Pio IX, solenemente os condenou e confirmou tal condenação no Sylabus(...).
Mais tarde, outro
Nosso Predecessor de imortal memória, Leão XIII, na Carta Encíclica “Quod
Apostolici Muneris”, descreveu e definiu os mesmos erros como “peste mortífera
que, serpeando através das íntimas articulações da sociedade humana a
prostraria no extremo perigo de ruina e de morte”. Com visão clara de espírito
penetrante, Leão XIII revelou que o movimento de difusão e louvor ao sistema de
cultura técnica, provocando impiamente as massas para o ateísmo, tinha origem
naquela concepção filosófica, que já de há séculos se esforçava por separar a
ciência e a vida da Fé e da Igreja.
Nós também, não
por uma só vez no decurso do Nosso Pontificado, tornámos públicas com
solicitude instante essas correntes de ateismo, ferventes de ameaças e a
avolumarem-se, de contínuo, dia a dia. De verdade, quando em 1924 a Nossa
missão de socorro regressava da Rússia, em especial alocução dirigida ao orbe
católico condenamos a doutrina e o sistema comunista (18 de Dezembro de 1924).
Nas Nossas Encíclicas “Miserentissimus
Redemptor”, “Quadragesimo Anno”, “Caritate Christi”, “Acerba animi”, “Dilectissima
Nobis”, queixámo-nos doloridamente, reclamando contra as cruentas perseguições
ao nome cristão levantadas quer na Rússia, quer no México, quer finalmente na
Espanha. (Divini Redemptoris, in A Igreja e a questão social, União Gráfica,
Lisboa, 1935, pp. 200-201).
Decreto do Santo
Ofício, hoje Congregação para a Doutrina da Fé, de 1 de Julho de 1949
Foram dirigidas a
esta Suprema Congregação as seguintes perguntas:
1)
É
lícito inscrever-se em partidos comunistas ou prestar-lhes apoios?
2)
É
lícito publicar, difundir ou ler livros, periódicos, diários ou folhas volantes
que defendem a doutrina ou a prática do comunismo, ou colaborar neles com
escritos?
3)
Se os
fiéis realizam, consciente e livremente, actos a que se referem as perguntas 1
e 2 do presente Decreto, podem ser admitidos aos Sacramentos?
4)
Os
fiéis que professam a doutrina do comunismo materialista e anti-cristão, e
sobretudo os que a defendem ou propagam, incorrem “ipso facto”, como apóstatas
da fé católica, na excomunhão especialmente reservada à Sé Apostólica?
Os Eminentíssimos e reverendíssimos Padres encarregados da tutela da fé e
dos costumes, tendo presente o parecer dos Reverendíssimos Consultores na
reunião plenária de terça-feira (em vez de quarta-feira), no dia 28 de junho de
1949, decretaram que se respondesse:
Ao número 1: Negativamente: o comunismo, de facto, é materialista e
anti-cristão; e portanto, os dirigentes do comunismo, mesmo quando às vezes,
por palavras, declaram não combater a religião, de facto, contudo, na teoria e
na ação, mostram-se hostis a Deus, à verdadeira religião e à Igreja de Cristo.
Ao número 2: Negativamente, porque são actos proibidos pelo próprio direito
canónico (can. 1399).
Ao número 3: Negativamente, conforme os princípios que se referem a não
administrar os sacramentos àqueles que não têm a devida disposição.
Ao número 4: Afirmativamente (Acta Apostolicae Sedes, de 13 de julho de
1949. Cf. Joaquim Azpiazu, S. J. Firecciones Pontificias en el Ordem Social,
Madrid, 1960, pp. 361-362).
Petição de 213 Padres conciliares
“... Posto que já se vê que uma constituição doutrinária e pastoral a
respeito do marxismo, socialismo e comunismo não criará o mínimo obstáculo à ação
da Santa Sé em prol da existência pacífica de todos os homens e de todas as
nações, rogo, fundamentado nas gravíssimas razões que expus, digne-se a
Comissão para Assuntos Extraordinários do II Concílio Vaticano apresentar ao
Sumo Pontífice o desejo de muitos Bispos, e de numerosos fiéis, no sentido de
que o Santíssimo Padre determine a elaboração e o estudo de um esquema de
constituição conciliar no qual:
1)
Se
exponha com grande clareza a doutrina social católica, e se denunciem os erros
do marxismo, do socialismo e do comunismo, sob os aspectos filosófico,
sociológico e económico;
2)
Sejam
profligados aqueles erros e aquela mentalidade que preparam o espírito dos
católicos para a aceitação do socialismo, do comunismo, e que tornam propensos
aos mesmos” (Esta petição foi dirigida ao Cardeal Amelto Cicognâni, Secretário
de Estado do Vaticano, em 3 de Dezembro de 1963 e foi largamente divulgada
pelos média.
O triunfo do Imaculado
Coração de Maria
Passados os anos, vemos que os erros do comunismo esplaram-se pelo mundo
inteiro. Não há nação do Ocidente, onde a doutrina anti-cristã não tenha
progredido, perseguindo, com cada vez mais sanha, os que tem fé.
Como cristãos, uma única conclusão se nos impõe: rogar ao Senhor que nos
liberte deste terrível flagelo e que aos homens sejam universalmente
reconhecidos os seus inalienáveis direitos à liberdade de crença e de
publicamente se afirmar em sociedade.
E porque o Cristianismo é essencialmente a religião da esperança, importa
saber esperar, mesmo contra toda a esperança, de olhos fitos na Mensagem de
Nossa Senhora de Fátima: “Por fim o meu Imaculado Coração Triunfará!”