Impressionante
testemunho de A. Silva sobre as igrejas evangélicas e os argumentos que o levaram
a retornar à fé católica. Uma verdadeira aula de apologética:
Eu, que por muitos anos frequentei igrejas
evangélicas de diversas denominações, e por muito tempo fui enganado e
explorado pelos seus pastores, dedico este testemunho a todos aqueles que se
declaram “ex-católicos”, sem nunca terem sido católicos de fato, mas sobem aos
púlpitos protestantes “evangélicos”, que eles, por pura ignorância, chamam de
“altar” – Se não há sacrifício não é e nem pode ser altar: só existe Altar na
Igreja Católica - para induzirem ao erro
os seus irmãos mais ingénuos.
Não
creio que um dia tenham sido católicos os que depõem os seus falsos testemunhos
dizendo que encontraram a salvação em alguma “igreja evangélica”, porque os
verdadeiros católicos já encontraram Jesus e a Salvação na Igreja que Ele mesmo
nos deu, e não podem abandonar a Comunhão com Deus, seu Criador e Salvador, a
não ser que nunca tenham comungado, de fato, com o Senhor Jesus Cristo.
Enumero
abaixo algumas razões porque deixei o protestantismo e retornei à primeira e
única Igreja de Jesus Cristo.
1) O princípio “só a Bíblia”
Nada
mais falso do que esse princípio. Os cristãos do primeiro século não dispunham
de Bíblia. E nem os cristãos dos séculos seguintes. Na verdade, os cristãos só
puderam contar com a Bíblia para consulta, como hoje, muitos anos depois da
invenção da imprensa, que só aconteceu no ano de 1455. Então, será que o Senhor
Jesus esperaria mais de um século e meio para revelar a sua verdadeira doutrina
para o mundo? Se assim fosse, Ele teria mentido, pois disse antes de partir
para o martírio que estaria com a sua Igreja até ao fim do mundo (conf. Mateus
28, 19-20).
Além disso, para que a Bíblia fosse a única
fonte de revelação, seria no mínimo necessário que ela mesmo se proclamasse
assim; e não é o caso, pelo contrário. A Bíblia diz que a Igreja é a coluna e o
sustentáculo da verdade (1 Tim 3, 15), e não as Escrituras. Nela, Jesus Cristo
diz ainda: “Vocês examinam as Escrituras, buscando nelas a vida eterna. Pois
elas testemunham de Mim, e vocês não querem vir a Mim, para que tenham
Vida!”(João 5, 39-40).
Sim, a Bíblia diz que as Escrituras são úteis
para instruir, mas nunca diz, em versículo algum, que somente as Escrituras
instruem, ou que só o que as Escrituras dizem é que vale como base para a fé.
Isso é uma invenção humana sem nenhum fundamento. E a Bíblia também diz que
devemos guardar a Tradição (conf. 2 Tessalonicenses 2, 15 e 2 Tessalonicenses
3, 6, entre outros).
Contrariando a Bíblia, os “evangélicos”
rejeitam a Tradição.
2) O princípio “Só a
fé salva”
A mesma Bíblia ensina que a fé sem obras é
morta, na Epístola de Tiago (2, 14-26). A mesma Bíblia ensina que o cristão
deve perseverar até o fim para ser salvo (Mt 24, 13). E ainda acrescenta que
seremos julgados,todos, por nossas ações boas ou más. Existem várias passagens
que dão conta de um julgamento futuro e, sendo assim, é falso que alguém aqui
na terra já esteja salvo só porque “aceitou Jesus”. Não basta ir à frente de
uma assembleia e dizer “Aceito Jesus como meu Senhor e Salvador” para ganhar o
Céu. Não, não. É preciso muito mais do que isso. Conversão não é da boca para
fora: é preciso que cada um tome a sua cruz e siga o Senhor, que, aliás, nunca
prometeu prosperidade para quem o seguisse.
Portanto, é totalmente mentirosa a afirmação de
que basta ter fé para ser salvo. Ora, os demônios também creem (Tiago 2, 19)…
3) Lutero
Foi Martinho Lutero quem começou com as
“igrejas” protestantes, que deram origem às “igrejas evangélicas” de hoje. Mas
o que ele pensava é seguido apenas em parte pelos “evangélicos” de hoje. Eles
seguem somente os princípios “Só a Bíblia” e “Só a Fé”. Embora Lutero seja o
fundador de todas as igrejas evangélicas que existem hoje, por que não são
todos luteranos? Na verdade, isso seria bem menos pior…
Por
outro lado, se reconhecem que Lutero é um homem falível, como é possível a um
“evangélico” ter tanta certeza de que os princípios que ele inventou sejam
dignos de confiança absoluta? Mais do que o que ensina a única Igreja que tem
2.000 anos e foi instituída diretamente por Jesus Cristo?
Mais: o
próprio Lutero contestou o Papa e decretou que não se deve confiar num
sacerdote. Mas ele mesmo era um ex-sacerdote católico. Então, se ele mesmo se
descarta como pessoa confiável, quem é tolo o suficiente para dar crédito ao
que ele disse ou escreveu?
4) Subjetivismo religioso I
Uma denominação evangélica não é igual a outra
em matéria de fé. Isso é facto:
-- Umas batizam crianças, outras não;
-- Umas admitem o divórcio, outras o repudiam;
-- Umas aceitam mulheres como “pastoras”,
outras não;
-- Umas praticam a “santa ceia”, outras não;
-- Umas ensinam que devemos guardar o sábado,
outras não;
-- Algumas ensinam a teologia da prosperidade,
outras a repudiam;
Por aí vai… Tem “bispo evangélico” por aí
defendendo até o aborto, só porque a Igreja Católica é contra (claro!). É comum
ouvirmos frases como estas: “Nesta ‘igreja’ está o verdadeiro caminho”, ou
“Deus levantou este ministério” ou ainda “a tua vitória está aqui”. Mais comum
ainda é os “pastores” dizerem que as igrejas deles são “ungidas”… Ora, se todas
essas igrejas ditas “evangélicas” são tão diferentes entre si, e a Verdade é
uma só, como é possível um “evangélico” ter certeza que está na caminho certo,
ou que o seu “pastor” está pregando a “Verdade”, se existem tantos outros
“pastores” (que também dizem seguir a Bíblia e afirmam que são “ungidos”) que
discordam dele?
5) Subjetivismo
religioso II
Cada “crente” pode interpretar a Bíblia do
jeito que quiser, segundo a tese protestante de Lutero. Mas todos nós sabemos
que um “crente” não concorda com outro em todas as coisas. Muitas vezes
divergem entre si mais do que convergem. Se cada qual interpreta a Bíblia do
seu jeito, e nem poderia ser diferente, então, como é possível um “evangélico”
ter a certeza de que está certo na sua interpretação? E por quê, meu Deus, por
quê apenas a interpretação da Igreja Católica é que está totalmente errada, em
tudo? Essa é a mais cruel de todas as incoerências das “igrejas” ditas
“evangélicas”: praticamente todas elas se reservam o direito de criticar umas
às outras, mas todas são unânimes em criticar a Igreja Católica! O mais
incrível é não perceberem que, agindo assim, estão cumprindo as profecias
bíblicas do próprio Senhor Jesus Cristo: “Sereis odiados de todos por causa do
meu Nome” (Lucas 21, 17); “Bem-aventurados sereis quando, mentindo, disserem
toda espécie de mal contra vós, por amor ao meu Nome” (Mateus 5, 11-12)…
Os
pastores ajoelham-se e prostram-se diante de réplicas da Arca da Antiga
Aliança, mas eles não chamam esses pastores de “idólatras”. Só os católicos são
chamados assim. Eles idolatram até lencinhos embebidos no suor de alguns
pastores mas não acham que isso é idolatria… Em algumas denominações, acontece
a distribuição de lembrancinhas, sabonetinhos para espantar “mau olhado”,
vidrinhos de óleo “ungido”, “rosas consagradas”, etc, etc… Mas nada disso, para
eles, é idolatria. Somente os católicos é que são idólatras. Todos pensam
assim, porque todos sofreram a mesma lavagem cerebral, que é muito difícil de
reverter.
6) Subjetivismo religioso III
A
interpretação pessoal da Bíblia por cada “crente” e “pastor” afronta claramente
a Bíblia. De acordo com a santa Palavra de Deus, interpretação alguma é de
caráter individual. Examinar a Bíblia não é o mesmo que interpretá-la. Posso
examinar uma pessoa e lhe informar que encontrei uma mancha na sua pele. Mas o
diagnóstico deve ser feito pelo médico, e não por mim, que sou leigo nesta
matéria.
7) “Igreja não importa” e “igreja não salva”…
Todo
“crente” diz em alto e bom som: “Igreja não salva ninguém”.Ora, se igreja não
salva ninguém e cada um pode interpretar a Bíblia pessoalmente, para quê
frequentar alguma denominação? Quando ocorre algum escândalo envolvendo algum
“pastor”, o crente também diz: “Olha para Jesus e não para o pregador”. Mas se
o pregador ensina tolices e princípios contrários ao verdadeiro cristianismo,
por que eu deveria ouvir o que ele diz? Não é possível “olhar para Jesus”
assim. Pelo contrário, isso só vai colocar em risco a minha alma! Se cada
crente pode interpretar pessoalmente a Bíblia, se “igreja” não salva ninguém e
o pastor não é confiável (ele é só um homem falível), então por que os
“evangélicos” continuam dando tanto crédito aos pregadores?
8- Evangelização ou PROSELITISMO ?
E se cada um de facto pode interpretar a Bíblia
a partir da sua leitura pessoal, que conta com a assistência do Espírito Santo,
por que ao invés de pregar não se imprimem Bíblias e se distribui à população?
Ora, se basta ter fé para ser salvo e se cada um pode ser o próprio intérprete
da Bíblia, para que servem as denominações, os cultos, os “pastores”, as
pregações, livros, CDs e DVDs? Ao invés dos milhões em dízimos e ofertas, que
sustentam toda uma estrutura que é desnecessária (afinal todos os que crerem já
estão salvos…), por que não reunir esses recursos e construir gráficas e mais
gráficas para a impressão de Bíblias e distribuí-las para todos aqueles que não
conhecem Jesus?
Eu digo
porquê: porque os “pastores” se encarregam de passar a sua interpretação
pessoal da Bíblia aos ingênuos que os seguem. E essa interpretação é deturpada
e não tem nada a ver com a Mensagem original nos Evangelhos. Os “evangélicos”
pensam que entendem a Bíblia, mas na verdade tudo o que eles conhecem é a
interpretação pessoal deste ou daquele “pastor”.
Se nem o
pregador é digno de confiança, razão pela qual o crente deve confrontar o seu
entendimento pessoal da Palavra com a pregação do palestrante, por que razão
alguém deveria dar crédito a um desconhecido que lhe vem falar como porta-voz
de Jesus?
9) Interpretação bíblica
Agora, se cada um pode interpretar a Bíblia e
se todas as interpretações estão corretas, mesmo que sejam todas diferentes
entre si, por quê só a interpretação católica está errada? A Bíblia só pode ser
interpretada se a pessoa está sob o rótulo de “evangélico”? Nesse caso, o que
salva não é a fé, é o rótulo. E se for assim, ao contrário do que eles afirmam,
a placa da igreja ou o rótulo de “evangélico” é que salva.
Pela
visão protestante, milhares e milhares de denominações estão corretas nas suas
interpretações bíblicas, mesmo que sejam diferentes entre si. Todas elas estão
certas e apenas uma está errada, que seria a Igreja Católica. Justamente a
primeira igreja que existiu é que não conta com a assistência do Espírito
Santo. Nesse caso, Jesus mentiu quando disse que os portais do inferno não
prevaleceriam contra a Igreja (Mateus 16, 18) pois o inferno teria triunfado
contra a Igreja Católica, e também quando disse que estaria com a sua Igreja até
o fim do mundo: ele só se faz presente para quem carrega o rótulo de
“evangélico”…
10) O Pai Nosso
A oração
é bíblica. Foi ensinada pelo Senhor Jesus. O “evangélico” a repudia. Por quê?
Para não parecer católico!
O
“crente” jura defender a Bíblia, mas é o primeiro a não obedecê-la…
Ele
decidiu que não irá recitar o Pai-Nosso e “fim de papo”. E pior. Quem o faz
está errado, ainda que esteja obedecendo à Bíblia. O crente se acha melhor do
que Jesus. Jesus fez a oração do Pai-Nosso, mas o “evangélico” não tem que a fazer…
11) Maria
Isabel, que ficou cheia do Espírito Santo com a
visita de Maria, chamou-a de “mãe do meu Senhor”. O crente a chama de “mulher
como outra qualquer”…
Isabel,
recebeu o Espírito Santo com a chegada de Maria, grávida de Jesus Cristo, Deus
Todo-Poderoso. O “evangélico” fica cheio de ira quando se menciona o nome de
Maria…
João
Batista estremece no ventre de Isabel ao ouvir a voz de Maria. O crente se
enfurece quando ouve o nome Maria…
A Bíblia
diz que Maria será chamada de bem-aventurada por toda as gerações. O crente a
chama de mulher pecadora como qualquer outra.
O protestante rasga os Textos Sagrados. E jura
defender a Bíblia. Seguem o que querem e desprezam o que não lhes interessa!
12) Confissão
A Bíblia
é clara: aos Apóstolos foi dado o poder de reter e perdoar pecados (Lucas 20,
21-23). Como é possível reter ou perdoar se alguém não lhes confessa?
Desnecessário falar mais a respeito.
13) Fundação de “igrejas”
A Bíblia
não faz qualquer referência à milhares de “igrejas” diferentes e separadas,
mundo afora. Mas para fundarem as suas denominações, os “evangélicos” não fazem
questão da tal base bíblica de que tanto
falam. A Bíblia diz que devemos ser um só corpo. Eles fazem o contrário.
Dividem-se, subdividem-se, de novo e de novo. Se uma igreja não está agradando,
procuram outra mais ao seu gosto, e os mais espertos fundam as suas próprias
igrejas, do jeito que acham mais certo (ou do jeito que dá mais lucro, em muitos
casos), segundo a sua própria interpretação da Bíblia. E todos dizem que estão
sendo guiados por Deus. Existe um Deus ou muitos deuses? Se é um só Deus, como
tantas igrejas podem ensinar coisas diferentes, e todas estão certas, menos a
católica?
Eles fragmentam o Corpo e pulverizam a mensagem
do Evangelho.
Fazem o contrário do que o Senhor ordenou!
Basta um crente discordar do outro, – e isso é a coisa mais fácil de acontecer,
– que já surge uma nova denominação. Os seus líderes podem ter “visões” para
fundarem novas denominações. Mas somente as revelações católicas aprovadas pela
Santa Igreja é que são refutadas…
O crente
acredita no que deseja. E rejeita tudo que é católico. Sempre dois pesos e duas
medidas.
O pastor
falou que teve uma visão e todo mundo engole. Nessa hora o “biblicamente” ou “a
Palavra de Deus” não tem qualquer importância.
A. Silva,
personagem real ou imaginário?
Original em
Cristo em Nós