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Mostrar mensagens com a etiqueta arrependimento dos pecados; regra pastoral; são Gregório Magno; chorar os próprios pecados; não recair nos próprios pecados; abusar do perdão de Deus;. Mostrar todas as mensagens
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domingo, 22 de julho de 2018

Aqueles que choram os pecados e voltam a cometê-los, lavam-se, sem ficar limpos!


« É preciso admoestar aqueles que choram os próprios pecados sem, porém, deixar de cometê-los. Eles devem ser exortados a tomar consciência, seriamente, de que, para purificar-se, em vão são os seus prantos, se, depois, mancham a própria conduta com novas iniquidades, porque, assim, derramam lágrimas que purificam, mas depois voltam a contaminar-se (…).

Aquele que chora os pecados cometidos, mas não os abandona, se submete à pena de uma culpa mais grave, pois despreza justamente aquele perdão que pôde obter com as lágrimas e, por assim dizer, se revolve numa água lamacenta. Subtraindo às suas lágrimas a pureza da vida, ele faz com que essas mesmas lágrimas, aos olhos de Deus, se tornem lágrimas asquerosas. (…)

Lavai-vos, purificai-vos! (Is 1, 16) …). Negligencia manter-se puro após o banho aquele que não conserva, após as lágrimas, a inocência da vida. Lavam-se sem ficar limpos aqueles que não deixam de chorar os pecados cometidos e cometem novamente aquilo pelo qual hão-de chorar. (…)

É preciso exortar aqueles que choram os pecados cometidos, mas que não os abandonam, para que reconheçam que, aos olhos do severo Juiz, são semelhantes à queles que, quando estão na presença de certos personagens, os afagam com grande deferência, porém, uma vez longe deles, os atacam, procurando-lhes inimizades e todos os prejuízos possíveis. Chorar um pecado não significa demonstrar a Deus a humildade que nasce do consagrar-Se a ele? E cair novamente no pecado após tê-lo deplorado não é cultivar orgulhosas inimizades contra aquele ao qual se havia dirigido na oração? Assim atesta Tiago, que diz: “Quem quiser ser amigo deste mundo, se torna inimigo de Deus” (Tg 4, 4). É preciso exortar aqueles que choram os pecados cometidos, mas que não os abandonam, a considerar com atenção que, muito frequentemente, a compunção dos malvados não produz o fruto da justiça».
(São Gregório Magno, Regra Pastoral, ed. Paulus, cap. 30, p.128)