Visualizações de página na última semana

Mostrar mensagens com a etiqueta Amor; fuzil; fogo; sede de amor; mãe do Divino Amor; Santo Antonio Maria Claret; amar muito; historiasnovaseternas; virtude;. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Amor; fuzil; fogo; sede de amor; mãe do Divino Amor; Santo Antonio Maria Claret; amar muito; historiasnovaseternas; virtude;. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

Qual é a virtude de que mais necessitamos?

 


A virtude mais necessária é o amor, explica Santo António Maria Claret. Sim, digo-o e repetirei mil vezes: a virtude mais necessária é o amor. Devemos amar a Deus, a Jesus Cristo, a Maria santíssima e ao próximo. Sem esse amor, as suas mais belas qualidades são inúteis, mas, se acompanhadas de grande amor, tudo possui.

Para o que prega a divina palavra, o amor é como o fogo em um fuzil. Se um homem atirar uma bala com a mão, pouco estrago faz, mas, se essa mesma bala for arremessada com o fogo da pólvora, mata. Assim é a palavra de Deus. Se for dita naturalmente, sem espírito sobrenatural, pouco bem faz, mas se for dita por um sacerdote cheio do fogo da caridade, do amor a Deus e ao próximo, extirpará vícios, destruirá pecados, converterá pecadores, operará prodígios. Vemos isto em São Pedro, ao sair do Cenáculo, ardendo no fogo do amor, que tinha recebido do Espírito Santo, e o resultado foi a conversão de oito mil pessoas em dois sermões: três mil no primeiro e cinco mil no segundo.

O Espírito Santo, aparecendo sob a forma de línguas de fogo pousando sobre os Apóstolos no dia de Pentecostes, dá-nos a entender claramente esta verdade: precisamos carregar chamas do fogo divino da caridade na língua e no coração. Certa vez, um jovem sacerdote perguntou a São João d’Ávila o que era preciso para se tornar um bom pregador, e ele respondeu muito oportunamente: Amar muito.

A experiência ensina, e a história da Igreja confirma, que os melhores e maiores pregadores foram os que mais fervorosamente souberam amar.

Na verdade, o fogo da caridade num ministro do Senhor produz o mesmo efeito que o fogo na locomotiva de um comboio, e a máquina num navio a vapor: arrasta-os com a maior facilidade. Para que serviria toda aquela máquina se não tivesse o combustível e o vapor? Para nada serviria. De que valeria um sacerdote ter feito uma carreira brilhante, ter-se formado em teologia e em direito, se não tem o fogo da caridade? De nada. Para ninguém serviria porque seria uma máquina de comboio sem fogo, antes, pelo contrário, talvez pudesse até estorvar. Não serviria nem para ele pessoalmente, como diz são Paulo: Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver caridade, sou como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine.

Estou muito convencido da utilidade e necessidade do amor: empenhei-me em buscar este tesouro escondido, ainda que fosse preciso vender tudo para comprá-lo. Depois de muito pensar, cheguei à conclusão de que os meios mais adequados para o conseguir eram os seguintes:

1º Guardar bem os mandamentos da lei de Deus;

2º Praticar os Conselhos Evangélicos;

3º Corresponder com fidelidade às inspirações internas;

4º Fazer bem a meditação.

5º Pedir e suplicar contínua e incessantemente, sem jamais desfalecer ou cansar, por mais que tarde em alcançá-lo. Rezando a Jesus e a Maria Santíssima e pedindo, sobretudo, a nosso Pai que está nos Céus (pelos méritos de Jesus e Maria santíssima), certo de que o bom Pai dará o divino Espírito àquele que assim o pede.

6º O sexto meio é ter fome e sede deste amor. Assim como aquele que tem fome e sede corporais, sempre pensa em como poderá saciar-se; e pede ajuda a todos os conhecidos; assim também eu procuro, ansiosa e ardentemente, dirigir-me ao Senhor e dizer-lhe de todo o meu coração:

“Ó meu Senhor, Vós sois meu amor! Vós sois a minha honra, minha esperança, meu refúgio! Vós sois a minha vida, minha glória, meu fim! Ó amor meu! Ó bem-aventurança minha! Ó conservador meu! Ó alegria minha! Ó reformador meu! Meu mestre! Meu Pai! Meu amor!

“Não procuro, Senhor, nem quero saber outra coisa senão vossa santíssima vontade e cumpri-la com toda a perfeição. Não amo senão a Vós. Em Vós, unicamente por Vós, e para Vós são todas as demais coisas. Sois para mim mais que suficiente. Senhor, Vós sois meu

Pai, meu amigo, meu irmão, meu esposo, meu tudo. Amo-Vos, meu Pai, fortaleza minha, meu refúgio e meu consolo. Fazei, meu Pai, que Vos ame como Vós me amais e como quereis que eu Vos ame. Ó meu Pai! Bem sei que não Vos amo o quanto deveria amar-Vos, porém, estou certo de que virá o dia em que Vos amarei o quanto desejo amar-Vos, porque Vós me concedereis o amor que Vos peço por Jesus e por Maria.

“Ó Meu Jesus! Peço-Vos uma coisa e sei que quereis concedê-la. Sim, meu Jesus, peço-Vos amor, grandes chamas desse fogo que fizestes baixar do céu à terra. Vem, fogo divino! Vem, fogo sagrado, incendeia-me, abrasa-me, derrete-me e funde-me para que assuma o molde da vontade de Deus.

 Ó mãe minha Maria! Mãe do divino amor, não posso pedir outra coisa mais agradável nem mais fácil de conceder que o divino amor, concedei-o, ó minha mãe! Minha mãe, amor! Minha mãe, tenho fome e sede de amor, socorrei-me, saciai-me! Ó Coração de Maria, instrumento de amor, inflamai-me no amor de Deus e do próximo!

Ó querido próximo, amo-te por mil razões. Amo-te porque Deus assim o quer. Amo-te porque Deus me manda que te ame. Amo-te porque Deus te ama. Amo-te porque Deus te criou à sua imagem e destinou-te para o céu. Amo-te porque foste redimido pelo sangue de Jesus Cristo. Amo-te pelo muito que Jesus fez e sofreu por ti. E, como prova do meu amor por ti, suportarei por ti todas as dificuldades e trabalhos, até a morte, se for necessário. Amo-te porque Maria santíssima, minha queridíssima mãe, ama-te. Amo-te porque és amado pelos Anjos e Santos do Céu. Amo-te e, por este amor, livrar-te-ei dos pecados e das penas do inferno. Amo-te e, por este amor, te instruirei e te mostrarei os males que deves evitar e as virtudes que deves praticar; enfim, te acompanharei nos caminhos das boas obras rumo ao céu.