Visualizações de página na última semana

segunda-feira, 29 de março de 2021

A humildade e os grandes dons de Deus

 


Quanto maiores forem os favores concedidos por Deus a uma alma, tanto maior será o conhecimento da própria indignidade, desproporção e miséria que o Senhor dará àqueles que os recebem.

Este foi sempre um dos sinais para distinguir os verdadeiros dons celestes, das contrafações diabólicas.

Exemplo disto encontramos em Nossa Senhora, na Anunciação do Anjo São Gabriel. Ao ouvir: "Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo”. A Santíssima Virgem perturbou-Se com as palavras e pôs-se a pensar no que significaria semelhante saudação. Pouco depois, como comenta São Lucas, já na casa da sua prima, Santa Isabel, deu glória a Deus dizendo: "A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito exulta em Deus, meu Salvador. Porque pôs os olhos na humildade da sua serva, dora em diante, todas as gerações me chamarão bem-aventurada" (Lc 1, 46 – 48). 

O sentimento de pequenez e de indignidade são comuns aos Santos. O próprio Nosso Senhor Jesus Cristo revelou a Santa Margarida Maria Alacoque o que lhe aconteceria:

“Depois de receber algumas dessas comunicações divinas, das quais a alma é tão indigna, sentirei o meu espírito imerso num abismo de aniquilação e de confusão, de modo que a minha dor será tão penível, diante da minha indignidade, quanto doce foi o conforto que me trouxe a notável liberalidade do meu Salvador, afogando assim toda a minha complacência humana e todo o sentimento da minha própria estima" ("Vida da beata Madre Margarida Maria Alacoque, escrita pela própria", Trento 1889, pag. 280).


Sem comentários:

Enviar um comentário