Todo o homem, pelo próprio instinto de sociabilidade, tende a aceitar as opiniões dos outros. Em geral, atualmente, as opiniões dominantes são anticristãs. Pensa-se contrariamente à Igreja em matéria de filosofia, de sociologia, de história, de ciências positivas, de arte, de tudo enfim. Os nossos amigos, seguem a corrente. Temos a coragem de divergir? Resguardamos o nosso espírito de qualquer infiltração de ideias erradas? Pensamos com a Igreja em tudo e por tudo? Ou contentamo-nos negligentemente em ir vivendo, aceitando tudo quanto o espírito do século nos sugere, e simplesmente porque ele no-lo insinua?
É possível que não tenhamos enxotado Nosso Senhor da nossa alma. Mas como tratamos o nosso Salvador, o Divino Hóspede do nosso coração? É Ele o objeto de todas as atenções, o centro da nossa vida intelectual, moral e afetiva? É Ele o Rei? Ou, simplesmente, há para Ele um pequeno espaço onde se O tolera, como hóspede secundário, desinteressante, algum tanto importuno?
Quando o Divino Mestre gemeu, chorou, suou sangue durante a Paixão não O atormentavam apenas as dores físicas, nem sequer os sofrimentos ocasionados pelo ódio dos que no momento O perseguiam. Atormentava-O ainda tudo quanto contra Ele e a Igreja faríamos nos séculos vindouros. Ele chorou não só pelo ódio de todos os maus, como também porque via diante de si o cortejo interminável das almas tíbias, das almas indiferentes, que sem O perseguir não O amavam como deviam.
É a falange incontável dos que passaram a vida sem ódio e sem amor, os quais, segundo Dante Alighieri na “Divina Comédia”, ficavam de fora do inferno porque nem no inferno tinha lugar adequado para eles.
Estamos nós neste cortejo?
Eis a grande pergunta a que, com a graça de Deus, devemos dar resposta nos dias de recolhimento, de piedade e de expiação em que devemos entrar agora.
Plinio Correa de Oliveira
Ser cristão ou não ser, esse é o dilema do mundo moderno!
O batizado dos nossos dias, quer ser tratado como cristão, mas deseja viver como pagão, procurando a felicidade na satisfação de todos os prazeres, lícitos e ilícitos. Nosso Senhor Jesus Cristo, no Sermão da Montanha, como relata o Evangelho, revelou uma forma superior de felicidade, ligando o que fazemos hoje com a eternidade: “Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos céus; Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra; Bem-aventurados os que sofrem, porque serão consolados; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados; Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus; Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus”.
O Divino Mestre mudou, assim, a orientação do pensamento e da civilização: o Reino de Deus começa aqui nesta terra e continua no Céu! Pensemos nisso!
Meu filho, aqui estou, sozinha, no canto que o teu desprezo me relegou, repleta daquele amor materno que a tua rejeição comprime em Mim e impede que se expanda, mas que se conserva intacto, na sua abundância e intensidade, palpitando de compaixão, à espera de que retornes para te purificar, para te envolver e para te cumular com a minha misericórdia inesgotável!
Plinio Correa de Oliveira
O governador da Flórida, Ron DeSantis, assinou um projeto de
lei que proíbe aos menores de 14 anos acessar as plataformas de redes sociais e
exige que os jovens de 14 e 15 anos obtenham o consentimento prévio dos pais. A medida visa reduzir os efeitos nocivos no bem-estar das crianças, que usam essas plataformas excessivamente e podem sofrer, como resultado, de ansiedade,
depressão e outras doenças mentais.
No dia 25 de março, nove meses antes do Natal, celebramos a Anunciação do Senhor, quando Nossa Senhora recebeu a visita do Divino Mensageiro, o Arcanjo São Gabriel, e lhe disse “SIM! EIS A ESCRAVA DO SENHOR, FAÇA-SE EM MIM, SEGUNDO A VOSSA PALAVRA!”, dando início à Encarnação do Verbo de Deus, no Seu seio virginal.
Esta é uma festa muito especial para todos os que se consagram a Maria Santíssima, pois foi quando Nosso Senhor Jesus Cristo, que era Deus, infinitamente superior a tudo, quis ser escravo, quis ser filho e quis estar sujeito a uma mera criatura.
Nestes dias em que a humanidade se encontra num extremo de debilidade e decadência, Nossa Senhora deseja ser mais generosa do que nunca para com os seus filhos e, especialmente para com aqueles que se consagram a Ela, como escravos, protegendo-os e derramando sobre eles graças abundantíssimas.Assim, se ainda não é escravo(a) de Nossa Senhora, consagre-se a Jesus Cristo, pelas mãos de Maria, segundo o método de São Luis Maria Grignion de Montfort e passe a fazer todas as suas ações, interiores e exteriores, por Maria, com Maria, em Maria e para Maria, a fim de mais perfeitamente as fazer por Jesus Cristo, com Jesus Cristo, em Jesus e para Jesus.
«Si Dieu sauve le
monde, et il le sauvera, le salut viendra par la Mère de Dieu. Par Elle, le Seigneur
a extirpé les ronces et les épines de la gentilité. Par Elle, il a
successivement triomphé de toutes les hérésies. Aujourd’hui, parce que le mal
est à son comble, parce que toutes les vérités, tous les devoirs, tous les
droits sont menacés d’un naufrage universel, est-ce une raison de croire que
Dieu et son Eglise ne triompheront pas encore une dernière fois ? Il faut
l’avouer, il y a matière à une grande et solennelle victoire. Et c’est pour
cela qu’il nous semble que Notre-Seigneur en a réservé tout l’honneur à Marie.
Dieu ne recule pas comme les hommes devant les obstacles. Lorsque les temps
seront venus, sereine et pacifique Etoile des mers, Marie, se lèvera sur cette
mer orageuse des tempêtes politiques, et les flots tumultueux, étonnés de
réfléchir son doux éclat, reviendront calmes et soumis. Alors il n’y aura qu’une
voix de reconnaissance montant vers Celle qui, une fois encore, aura apparu
comme le signe de paix après un nouveaux déluge ». (Dom Guéranger)
No início do século XVI, Fr. Mateus de Bascio, sacerdote da Ordem dos Frades Menores, teve uma visão em que o próprio São Francisco de Assis apareceu-lhe com vestes rudes e com um capuz pontiagudo costurado à túnica. Para o frade, a Ordem deveria observar a Regra de maneira mais restrita e vestir-se segundo a visão. Os seus superiores não o quiseram ouvir e assim, Fr. Bascio saiu secretamente do convento de Montefalcone em direção a Roma. Na Cidade Eterna, foi recebido por Clemente VII, que o autorizou a observar a Regra segundo seu desejo, a vestir o hábito que já levava e a pregar livremente. Contudo, o Provincial, São João de Fano, mandou encarcerá-lo no Convento de Farano, por ter fugido e vivido como vagabundo. Ali permaneceu por três meses. A notícia da sua detenção chegou a Catarina Cibo, duquesa de Camerino, sobrinha de Clemente VII, que o venerava, porque Fr. Mateus exercera a caridade heroicamente, durante a peste de 1523, ajudando os doentes.
Dois anos depois, o Espírito Santo continuou a tocar os corações. Deus desejava que a Ordem fosse reformada.
Dois irmãos de sangue, Fr. Ludovico e Fr. Rafael de Fossombrone, pediram permissão ao Provincial para se retirarem num convento isolado com outros companheiros, a fim de observar a Regra em toda a sua pureza. Como não foram autorizados, fugiram e refugiaram-se entre os conventuais de Cingoli. O Provincial apressou-se em conseguir um Breve Pontifício, declarando apóstatas Mateus de Bascio e os dois irmãos, que tiveram de se refugiar no Mosteiro dos Camaldulenses, em Massaccio.
Catarina Cibo, apresentou uma petição de Ludovico e Rafael a seu tio, Clemente VII, quando este se encontrava em Viterbo. Depois de prudente exame, o Papa expediu a bula "Religionis Zelus", que reconhecia juridicamente a nova fraternidade. A Ordem “Capuchinha” estava fundada. A duquesa fez publicar imediatamente o documento, na praça pública de Camerino, e em todas as igrejas dos seus domínios. A bula era dirigida a Ludovico e Rafael de Fossombrone e continha os seguintes pontos: “faculdade de levar vida recolhida, eremítica, segundo a Regra de São Francisco; usar barba; portar o hábito com um capuz piramidal; pregar livremente ao povo”. Os reformados ainda ficavam sob a proteção dos superiores conventuais, porém passaram a ter um superior próprio com autoridade semelhante à dos Provinciais. Receberam também a autorização para receber noviços, tanto clérigos como leigos.
Com a bula "Religionis Zelus" um grande número de observantes e alguns noviços uniram-se aos Capuchinhos. Com isso, foi preciso multiplicar os conventos e eremitérios e pensar numa melhor organização.
Em abril de 1529, convocou-se o primeiro Capítulo, em Albacina, formado por doze religiosos, para eleger os superiores e redigir as Constituições, que obrigavam a recitação simples do ofício divino; supressão de toda a função pública para dar mais tempo à oração mental; uma só Missa em cada convento, exceto nas festas; proibição de celebrar Missas cantadas e de receber estipêndios; proibição de acompanhar funerais e tomar parte em outras procissões a não ser a do Corpo de Deus e das Rogações.
Ficou também estabelecida a disciplina ou autoflagelação diária, depois das Matinas da meia noite; duas horas obrigatórias de oração mental para os menos fervorosos; entretanto, todos deviam rezar durante todo o tempo em que não estivessem envolvidos em outras ocupações; silêncio rigoroso em alguns tempos determinados.
Na vida diária, não se podia servir mais que um prato nas refeições; proibia-se pedir carne de esmola, queijos e ovos; mas podia-se receber donativos em espécie, quando oferecidos espontaneamente. Cada religioso tinha a liberdade de, à mesa, privar-se de carne, vinho e alimentos finos. Não eram feitas previsões para além de dois ou três dias, e diariamente se pedirá esmola.
Na conduta pessoal, os monges podiam ter uma segunda túnica, quando fosse necessária por causa do frio. O manto era usado somente pelos enfermos ou idosos. O hábito devia ser estreito e ajustado. As sandálias eram permitidas, como exceção, aos que não podiam andar descalços.
Não se admitiam avalistas ou procuradores. As casas eram edificadas fora das cidades e continuavam sempre como propriedade dos benfeitores. Na medida do possível, construía-se com vime e barro. As celas eram tão pequenas e estreitas, que mais pareciam sepulcros. Havia uma ou duas ermidas afastadas do convento para os frades que queriam retirar-se com toda a liberdade para viver em oração e levar uma vida mais rígida. Em cada casa não devia ter mais que sete ou oito religiosos. Nos conventos mais importantes, podia-se chegar no máximo a dez ou doze. As igrejas eram pequenas e pobres.
Finalmente, os superiores deviam enviar, com frequência, pregadores a evangelizarem, mas estes não podiam aceitar retribuição alguma pelo seu ministério. A pregação deveria ser simples e sincera. Cada pregador não devia ter mais que um ou dois livros. Só era permitido o estudo da Sagrada Escritura e dos autores sacros. Os religiosos ouviam confissões somente em caso de extrema necessidade.
Em Albacina, Mateus de Bascio foi eleito Vigário-Geral, contra a sua vontade, renunciando em seguida, para melhor seguir a sua vocação de pregador ambulante. Assim, o governo da Ordem passou para Ludovico de Fossombrone.
A designação de frades menores de vida eremítica, expressa na Bula de aprovação e adotada no cabeçalho das Constituições de Albacina, não vingou. Quando os reformados apareceram, pela primeira vez, nas ruas de Camerino com o novo hábito e com a barba longa, os jovens tomaram-nos por ermitãos errantes e seguiam-nos gritando: Scapuccini! Scapuccini! Romiti! Romiti! (Eremitas Encapuçados!) O povo começou a chamá-los por esse nome, devido ao longo capuz adotado. Posteriormente, também os escritores e, desde 1534, os documentos pontifícios usam esta denominação.
Duas propostas de emendas à Constituição irlandesa foram referendadas no passado dia 8 de março. Os irlandeses decidiram continuar a conferir estatuto constitucional especial apenas à família, baseada no casamento entre duas pessoas; reconhecer o casamento como uma instituição que o Estado deve guardar com cuidado especial e proteger contra ataques, bem como reconhecer a importância para o bem comum da vida das mulheres dentro do lar, exigindo do Estado o esforço para garantir que as mães não tenham de sair para trabalhar, negligenciando os seus “deveres em casa”.
Emenda sobre a Família
A Constituição irlandesa afirma: ”O Estado reconhece a família como a primária, natural e fundamental unidade-grupo da sociedade, e uma instituição moral possuidora de inalienáveis e imprescritíveis direitos, antecedentes e superiores a toda lei positiva. O Estado, portanto, garante a proteção da família na sua constituição e autoridade, como a necessária base da ordem social e como indispensável ao bem-estar da nação e do Estado." Artigo 41.1.1°- 2°
E no Artigo 41.3.1° “O Estado compromete-se a guardar com especial cuidado a instituição do Casamento, na qual se funda a Família, e protegê-la contra ataques.”
As mudanças propostas recusadas eram: ”O Estado reconhece a família, fundada no casamento ou noutras relações duráveis (suprimir o que está em vermelho), como a primária, natural e fundamental unidade-grupo da sociedade, e uma instituição moral possuidora de inalienáveis e imprescritíveis direitos, antecedentes e superiores a toda lei positiva. O Estado, portanto, garante a proteção da família na sua constituição e autoridade, como a necessária base da ordem social e como indispensável ao bem-estar da nação e do Estado." Artigo 41.1.1°- 2°
Artigo 41, 3.1ª: O Estado compromete-se a guardar com especial cuidado a instituição do Casamento, na qual se funda a Família (suprimir o que está em vermelho), e protegê-la contra ataques.
Emenda dos Cuidados
Uma outra emenda visava retirar o reconhecimento e apoio prestado pelo Estado às mulheres no lar.
A atual constituição no Artigo 41.2.1° diz: “Em particular, o Estado reconhece que, através da sua vida dentro do lar, a mulher dá ao Estado um apoio sem o qual o bem comum não pode ser alcançado.”
E no Artigo 41.2.2° “O Estado deve, portanto, esforçar-se para garantir que as mães não sejam obrigadas por necessidade económica a envolver-se em trabalhos, negligenciando os seus deveres no lar.”
A Proposta de mudança era: exclusão do Artigo 41.2.1° e do Artigo 41.2.2° e a inserção de um novo Artigo 42B:
Artigo 42B: “O Estado reconhece que a prestação de cuidados, dos membros de uma família entre si, em razão dos vínculos que existem entre eles, confere à Sociedade um suporte sem o qual o bem comum não pode ser alcançado, e deve esforçar-se por apoiar tal prestação. ”
A caminho de Roma, Santo Tomás de Aquino, doente, foi obrigado a parar na Abadia Cisterciense de Fossanova. Já sem forças, pediu para receber a Comunhão.
Ao ver entrar o Santíssimo Sacramento, ajoelhou-se e em lágrimas, exclamou:
“Se nesta vida pode haver um conhecimento deste Sacramento maior que o da fé, nisso respondo acreditar firmemente e sem qualquer dúvida que Ele é verdadeiro Deus e verdadeiro homem, Filho de Deus Pai e da Virgem Mãe. E, assim, creio de todo o coração e confesso com a minha boca tudo o que o sacerdote afirmou sobre este Santíssimo Sacramento”.
Como relata Frei Tocco, uma testemunha ocular, ele “pronunciou outras palavras cheias de devoção, das quais os presentes não conseguiram perceber, mas que se acredita terem sido as do hino: ‘Adoro te devote’” (Adoro-Vos devotamente, ó Divindade Escondida) que escrevera”.
Com muita devoção, aproximou-se do Santíssimo Sacramento e fez a seguinte oração: “Recebo-Vos a Vós, preço da redenção da minha alma, recebo-Vos, viático da minha peregrinação. Por vosso amor estudei, vigiei e gastei-me; preguei-vos, ensinei-vos e nunca manifestei nada contra vós, e se aconteceu foi sem querer e não persisto nessa opinião. E se disse alguma coisa errada contra este Sacramento ou qualquer outra coisa, submeto-me inteiramente à correção da Santa Igreja de Roma, em cuja obediência deixo agora esta vida".
No dia seguinte, 7 de março de 1274, há 750 anos, Santo Tomás recebeu a Extrema Unção e pouco depois faleceu, com apenas 49 anos de idade.