China, Rússia, Coreia do Norte ... Venezuela, Nicarágua...
A ameaça dos governos de ideologia comunista, autoritários, antidemocráticos,
ateus, que aprisiona quem manifesta opiniões contrárias ao regime, que quer controlar
plenamente a vida dos cidadãos e que não hesitam em provocar guerras e a morte
de milhares de pessoas, exige uma postura firme da opinião pública mundial.
Em 1945 e 1946, após o término da II Guerra Mundial, alguns
dos responsáveis pelos crimes cometidos durante o período nazista foram levados
a julgamento na cidade alemã de Nuremberg. Juízes das Forças Aliadas
(Grã-Bretanha, França, União Soviética e Estados Unidos) presidiram os
interrogatórios de 22 dos principais criminosos nazistas.
Doze deles receberam a pena de morte. A maioria dos acusados
assumiu os crimes de que eram acusados, porém muitos alegaram que estavam
"apenas seguindo ordens de autoridades superiores". Aqueles
envolvidos diretamente nos assassinatos receberam as sentenças mais severas,
mas outros indivíduos que desempenharam papéis importantes no regime, incluindo
oficiais do alto escalão do governo nazista e executivos que usaram
prisioneiros dos campos de concentração para trabalho escravo, foram condenados
a curtos períodos de detenção ou não receberam nenhuma pena.
Os julgamentos de nazistas continuaram acontecendo na
Alemanha e em muitos outros países. Os depoimentos de centenas de testemunhas,
muitas delas sobreviventes das suas atrocidades, foram transmitidos e escutados
em todo o mundo.
Para não sermos taxados no futuro de coniventes, devemos
exigir que seja instaurado um processo do Comunismo numa Corte Internacional, a
fim de que os povos não sejam usados, enganados e submetidos, como escravos, por
políticos defensores de uma ideologia assassina.
Tanto a União Soviética, comunista, como a Alemanha, nazista,
ocuparam e subjugaram países inteiros e soberanos. Em cada um desses
territórios o método foi o mesmo: repressão, extermínio da elite e deportação
de centenas de milhares para o interior dos países, para o exílio e para os
campos de concentração, de trabalhos forçados. As políticas de ocupação da
Alemanha e da URSS entre 1939 a 1941 foram muito parecidas e devem ser comparadas,
para mostrar à opinião pública a especificidade de cada uma destas ideologias e
demonstrar o funcionamento dos dois regimes totalitários: comunismo e nazismo.
É claro que os países referidos no começo deste artigo nunca
colaborarão, mas a verdade precisa ser conhecida, os cidadãos precisam
pronunciar-se, dar o seu testemunho, contarem o que viveram, para nunca mais termos
no poder pessoas que reivindiquem uma ideologia que esteve na origem da morte
de 100 milhões de pessoas em todo o mundo.
Enquanto não houver uma condenação do comunismo, assistiremos
o renascer de novos ditadores que se orientam por esta ideologia ou de vermos o
aparecimento de regimes saudosos da União Soviética, como o de Moscovo.
Em 2010, depois do fracasso do comunismo, a queda do muro de
Berlim e da União Soviética, numa entrevista à revista francesa Paris Match, o
ex-presidente russo Dimitri Medvedev afirmava: “Não quereria, em nenhum
momento, regressar ao que se vivia na URSS".
Treze anos depois Medvedev parece ter mudado de opinião.
No passado dia 23 de março, como vice-presidente do Conselho
de Segurança da Rússia, num vídeo postado no seu canal do Telegram, Medvedev convidou
os companheiros a ouvirem e lembrarem-se das palavras de Stalin, o ditador que
mandou matar à fome entre 1,8 e 12 milhões de ucranianos, chamado por ele de “Generalíssimo”.
Como bem sabem, comentou, os resultados de tais declarações foram impressionantes
e, se não tivesse sido assim, é fácil de se imaginar o que teria acontecido.
E reproduziu as palavras de Stalin, pronunciadas no dia 17 de
setembro de 1941, poucos meses após a invasão nazi da União Soviética, que visava
acelerar a produção de armamentos: “Peço-vos que cumprais de maneira honesta e
dentro dos prazos os pedidos de fornecimento de cascos de tanques para a
fábrica de tratores de Chelyabinsk. Agora peço e espero que cumprais o vosso
dever perante a pátria. Dentro de alguns dias, se for provado que infringistes o
vosso dever para com a pátria, começarei a aniquilar-vos como criminosos que
menosprezeis a honra e os interesses da vossa pátria. Não se pode permitir que
os nossos soldados sofram na frente de batalha por causa de uma escassez de
tanques, enquanto na retaguarda se tarda e vagueia”, acrescentou.
Estamos a assistir passivamente ao renascer da União
Soviética? Será que a geração mais nova de russos, chineses, coreanos do norte,
etc., pensam da mesma maneira e sonham com o “paraíso comunista” que desabou em
1989, mostrando a pobreza extrema, medo, terrível repressão e falta de
liberdade, no qual viviam milhões de pessoas?
Para que todos possamos conhecer a verdade, esperamos por
uma Nuremberg do comunismo!
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