“Não quero impor nada ao meu filho! Quando ele crescer,
decidirá o que fazer da sua vida!”
São cada vez mais numerosos os pais que respondem desta
maneira, quando interrogados sobre a formação religiosa que dão aos seus
filhos.
O curioso é que estes mesmos pais não deixam de obrigar os
seus filhos a estudarem, elegendo para eles, às vezes, desde pequenos, a
profissão que deverão exercer quando crescerem; escolhem as roupas que devem
vestir, obedecendo a moda ou o estilo que eles, pais, mais gostam; impõem-lhes
regras de educação a serem cumpridas no lar, na escola e em todos os lugares
por onde andam os seus filhos, não deixando, por exemplo, que escolham se
querem comer com as mãos e constantemente ensinam-lhes regras elementares do
convívio humano. Ou seja, para algumas coisas eles, com razão, educam os
filhos, transmitindo-lhes tudo aquilo que acreditam ser o melhor para eles. Mas
porque com a religião deveria ser diferente?
São Paulo afirma que “quem se descuida dos seus, e
principalmente dos de sua própria família, é um renegado, pior que um infiel.”
(1Tm 5,8). E o livro de Provérbios ensina que desde pequenos os filhos devem
ser formados nos caminhos do Senhor, pois mesmo quando eles envelhecerem, não
se desviarão (Pv 22. 6).
É preciso, portanto, que os pais transmitam a seus filhos os
valores espirituais e morais, que ajudarão na formação da sua personalidade e
até na construção da sua cidadania. Em primeiro lugar, devem fazê-lo dando-lhes
o exemplo, através de uma vida coerente com os princípios ensinados. Esta
formação passa pelo batismo na mais tenra idade, pela assistência à Missa
dominical, pela vida de oração em família, muitas vezes até pela recitação do
terço diariamente e pela conversa sobre temas ligados à espiritualidade cristã,
histórias bíblicas, vidas de santos ou contos de fundo moral.
Matrimónio e família,
a batalha final
Hoje em dia a família é desprezada, atacada e vão-se
perdendo pouco a pouco os ensinamentos que se relacionam com a santidade do
matrimónio cristão e a obediência às leis da Igreja que regulam os deveres dos
esposos e dos filhos.
Numa longa carta enviada ao Cardeal Carlo Caffarra,
Arcebispo de Bolonha (Itália), a Irmã Lúcia, vidente de Fátima, advertia contra
“a batalha final entre o Senhor e o reino de Satanás” que “será sobre o
matrimónio e a família”.
No dia 16 de fevereiro de 2008, o Arcebispo italiano, depois
de ter celebrado uma Missa junto à tumba de São Pio de Pietrelcina, concedeu
uma entrevista à ‘Tele Radio Padre Pio’ e comentou as palavras da Irmã Lúcia.
Nesta ocasião, O Cardeal Caffarra explicou a origem da carta da religiosa. A
pedido de São João Paulo II, começou a trabalhar na criação do Instituto
Pontifício para os Estudos do Matrimónio e da Família e escreveu uma carta à
Irmã Lúcia de Fátima através do seu bispo, pois ele não podia fazê-lo
diretamente.
“Inexplicavelmente, como não esperava uma resposta, vendo
que só havia pedido as suas orações, recebi uma longa carta assinada por ela,
que se encontra atualmente nos arquivos do Instituto”, comentou o Arcebispo
italiano.
“Nela encontramos escrito: ‘A batalha final entre o Senhor e
o reino de Satanás será a respeito do matrimónio e da família. Não temam,
acrescentou, porque qualquer pessoa que atue a favor da santidade do Matrimónio
e da Família sempre será combatida e enfrentada em todas as formas, porque este
é o ponto decisivo. Depois concluiu: entretanto, Nossa Senhora já esmagou sua
cabeça’”.
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