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domingo, 14 de março de 2021

No Equador, os legionários cantam “O noivo da Morte”

 

A Unidade de elite da Comissão de Trânsito do Equador, criou em 2011 um corpo de “Legionários”, cujo emblema inclui a insígnia da Legião Espanhola, apenas com a substituição da besta e do arcabuz por duas espingardas e  utiliza a cerimónia da transladação do Cristo da Boa Morte, protagonizada pelos legionários espanhóis, em Málaga, na Quinta-feira Santa de cada ano.

No vídeo abaixo, ouvimos parte do desfile e do hino, cuja tradução apresentamos abaixo:     


O Noivo da Morte

Ninguém, no Terço, sabia
quem era aquele legionário
tão audaz e temerário
que se alistou na Legião.

Ninguém sabia a sua história,
mas a Legião supunha
que uma grande dor lhe mordia
como um lobo, o coração.

Mas se alguém lhe perguntasse quem era
com dor e rudeza respondia:

“Sou um homem a quem a sorte
feriu com garra de fera;
sou um noivo da morte
que vai unir-se em laço forte
com tão leal companheira”.

Quando o fogo estava mais forte
e a luta mais feroz,
defendendo a sua bandeira,
o legionário avançou.

E sem temer a arrojo
do inimigo exaltado,
soube morrer como um valente
e a bandeira resgatou.

E ao regar com o seu sangue a terra ardente,
murmurou o legionário com voz dolente:

“Sou um homem a quem a sorte
feriu com garra de fera;
sou um noivo da morte
que vai unir-se em laço forte
com tão leal companheira”.

Quando, finalmente, o resgatam,
entre o seu peito encontraram
uma carta e um retrato
de uma divina mulher.

E aquela carta dizia:
"... se algum dia Deus te chamar
para mim um lugar reclamar
em breve irei buscar-te".

E no último beijo que lhe enviava
a sua última despedida consagrava-lhe.

Para ir ao teu lado para te ver,
minha mais leal companheira,
fiz-me noivo da morte,
apertei-lhe com laço forte
e o seu amor foi a minha bandeira!

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Amor Divino

Não me move, meu Deus, para Te querer

A promessa do Céu apetecido,

Nem as penas do inferno, tão temido,

Para deixar por isso de Te ofender.

Tu me moves, Senhor, move-me o ver-Te

Pregado nessa cruz e escarnecido,

Move-me ver o Teu corpo tão ferido,

Ver-Te cheio de afrontas, morto, inerte!

Une-me ao Teu amor tão fundo enlace,

Que se o Céu, que se inferno não houvera,

Não faria com que eu Te não amasse.

Não és o meu devedor. Alma sincera,

Se o que espero de ti, não o esperasse,

Assim como Te quero, Te quisera!

(Poema atribuído a São Francisco Xavier ou a Santa Teresa de Ávila, Almanaque de Santo António para o Ano de 1908, 1907, p. 273, traduzido do espanhol)

quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

Como deve ser uma verdadeira comunidade religiosa?


O Papa Alexandre III, numa carta, confirmando os privilégios da Abadia de Citeaux, descreve aqueles que procuram seguir o Altíssimo em espírito de humildade, sob o jugo suave de uma regra.

Os religiosos devem ter como ideal de vida, serem homens celestes, anjos da terra, imitadores de Jesus Cristo e gladiadores sagrados.

Estes homens devem viver em comunidade, ou seja, numa Casa de Deus, família de Nosso Senhor Jesus Cristo e porta do Céu.

A comunidade deve representar o Céu na terra, com uma vida angélica e onde se procure imitar os espíritos celestes, sem deixar de ser também uma verdadeira casa de estudo, milícia espiritual, arena de virtudes, escola de humildade, torre evangélica, cidadela armada contra todos os inimigos da salvação.

Ali encontramos a muralha da pobreza, a guarda dos superiores, as torres da doutrina, a trombeta da pregação, o escudo da oração, o vinho da compunção, a água das lágrimas, o alimento dos fortes.

Podemos compará-la à escada de Jacó, por onde se sobe mais facilmente para o Céu.  Os degraus desta escada são as santas leituras, as meditações piedosas, a mortificação da carne, o exercício da humildade, da obediência, da caridade e das demais virtudes. Por estes mesmos degraus, os Anjos levam as obras realizadas por aqueles que habitam na Comunidade para as oferecer a Deus e por eles descem, trazendo-lhes os dons divinos. No alto desta escada, apoia-Se o Senhor. Ele governa e fortalece estes seus filhos com uma proteção muito especial, sustentando quem sobe e recompensando os que chegam.

Desta Comunidade, pode-se dizer: Aqui é a verdadeira casa de Deus e Porta do Céu. O Monte Tabor, onde se contempla, o quanto seja possível nesta vida, a glória divina. Ela é uma montanha fértil onde o Senhor gosta de permanecer. 

LESSIUS, Disput. de stat. Vit. elig., quaest. XII , n. 100


sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

2021: Non si turbi il tuo cuore

Consiglio di Padre Pio a Antonietta Vona e famiglia, per l'anno nuovo:

«Il celeste Bambino sia sempre in mezzo ai vostri cuori, li regga. l'illumini, li vivifichi, li trasformi nella eterna carità.

Vi raccomando vivamente cotesti vostri poveri cuori: abbiate cura di renderli di giorno in giorno sempre più grati al nostro Maestro, e fare in modo che il presente anno sia più fertile di quello già scorso in buone opere, giacché a misura che gli anni scorrono, e che l’eternità ci si appressa bisogna raddoppiare il coraggio ed innalzare il nostro spirito a Dio, servendolo con maggior diligenza in tutto ciò che la  nostra vocazione e professione cristiana ci obbliga. Questo soltanto può renderci grati a Dio: può farci uscire liberi dal grande mondo che non è di Dio, e da tutti gli altri nostri nemici: questo soltanto dunque può farci pervenire al porto dell’eterna salvezza.

Affrontiamo pure le prove della presente, a cui la divina provvidenza ci andrà sottoponendo, ma non ci perdiamo d’animo, non ci scoraggiamo: combattiamo da forti e ne riporteremo il premio che Dio ha  serbato alle anime forti. Rammentatevi, o figliuole, delle parole che il divin Maestro rivolse un giorno ai suoi apostoli, e che oggi le rivolge anche a voi: «Non turbetur cor vestrum »: «Non si turbi il vostro cuore». 

Sì, o figliuole, non si turbino i vostri cuori nell’ora della prova, perché Gesù ha promesso a chi lo segue la sua reale assistenza. 

Nelle ore di combattimento ricordiamoci di Gesù, che è con noi e per noi; ricorriamo a lui e saremo sempre sollevati; così operando riporteremo e canteremo sempre vittoria innanzi a Dio.» 

Lettera di Padre Pio alla Sig.ra Antonietta Vona, 2 gennaio 1918

Delle cadute non ti perdere il coraggio

All'inizio di un nuovo anno, vale la pena ricordare questo consiglio che San Pio da Pietrelcina ha lasciato in una delle sue lettere:

«Per vivere costantemente in una vita devota, non vi è bisogno di altro che di prefiggerti nel tuo spirito alcune massime eccellenti e generose.

La prima che io desidero in te è questa di san Paolo: «Tutto ritorna in bene a quelli che amano Dio». E per verità, giacché Iddio può e sa cavare il bene anche dal male, per chi farà questo, se non per coloro che senza alcuna riserva si sono donati a lui? Perfino gli stessi peccati, da cui Iddio per sua bontà ci tiene lontani, dalla sua divina provvidenza sono ordinati al bene di quelli che a lui servono. Se il santo re Davide mai non avesse peccato, mai non avrebbe acquistato un’umiltà così profonda; né la Maddalena avrebbe tanto ardentemente amato Gesù, se egli non l’avesse perdonati tanti peccati, e non avrebbe Gesù potuto a lei perdonarli, se ella non li avesse commessi.

Considera, mia carissima figliuola, questo grande artificio di misericordia: converte le nostre miserie in favori, e con la vipera delle nostre iniquità fa la triaca salutifera per le anime nostre. Dimmi dunque, di grazia, che non farà egli delle nostre afflizioni, dei nostri travagli e delle persecuzioni, che ci molestano? E perciò se mai ti occorrerà di patire delle afflizioni, di qualunque specie esse siano, assicurati pure che, se ami Dio di cuore, tutto si convertirà in bene; ed ancorché tu non possa intendere da dove procede questo bene, allora più che mai sii certa che verrà senz’altro. Se Dio ti pone sopra gli occhi del fango dell’ignominia, ciò non è che per restituirti la vista più chiara e renderti agli angioli suoi ammirabile come uno spettacolo onorevole ed amabile; e se Dio ti fa cadere, come praticò con san Paolo col farlo cadere da cavallo.

Per questo, dunque, delle cadute non ti perdere di coraggio, ma rianimati a nuova confidenza ed a più profonda umiltà. Scoraggiarsi ed impazientirsi dopo la caduta nel fallo è artificio del nemico, è un cedergli le armi, è un darsi per vinti. Questo dunque non farai, poiché la grazia del Signore è sempre vigile a soccorrerti.»

sábado, 26 de dezembro de 2020

As relíquias dos três Reis Magos

O Evangelho narra a história dos Reis Magos, que “vieram do Oriente”, guiados pela Estrela e foram conduzidos à gruta de Belém, onde adoraram o Messias.

Estes ilustres personagens foram escolhidas por Deus entre os Gentis para serem os primeiros adoradores do Salvador.

Eles não eram magos ou adivinhos, como alguns autores afirmaram no passado, mas foram escolhidos por serem homens distinguidos pela sua dignidade, talentos, conhecimentos das coisas divinas e humanas e, especialmente, a astronomia. No Oriente, dava-se o título de Magos aos sábios e doutores.

A realeza dos três magos foi proclamada desde o século IV pelos padres da Igreja e vários escritores e é admitida pela maioria dos fiéis, que desde tempos imemoráveis, festejam a Adoração dos Reis Magos na festa da Epifania, conforme as palavras de Isaías, “A multidão de camelos te cobrirá, os dromedários de Madiã e Efá; todos virão de Sabá; ouro e incenso trarão, e publicarão os louvores do Senhor” (Is 60, 6).

Os Magos, iniciaram a sua viagem de forma separada e reuniram-se em Jerusalém. Depois continuaram juntos até Belém. Segundo antiga tradição, confirmada por autores eclesiásticos como São Leão e por pinturas conservadas nas Catacumbas de Roma, desde os primeiros séculos da Igreja, eles eram, sem contar com os seus séquitos, verdadeiramente três.

O nome dos Reis Magos, reconduzidos pela Providência às suas terras para não se encontrarem com Herodes que queria mandar matar o Menino Jesus, não aparece nos escritos grecos ou latinos antes do século XII, como afirma o historiador jesuíta belga Padre Jean Bolland do século XVII.  Contudo, posteriormente, foram-lhes dados muitos nomes, sendo os mais conhecidos os de Gaspar, Baltazar e Melchior, respetivamente da Caldeia, Pérsia e Índia, atualmente Irão e Iraque.

Ao chegarem às suas terras, os Magos contaram para os seus povos o que tinham visto e ouvido sobre o Verbo de Deus, encarnado para a salvação dos homens e muitos se converteram à Fé Cristã, antes mesmo da Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. Segundo uma tradição, quando São Tomé passou por aquelas terras, muitos deles juntaram-se a ele, receberam o batismo das suas mãos e ajudaram-no na predicação do Evangelho.

Segundo uma outra tradição muito mais recente, os restos sagrados dos três Reis Magos foram, primeiro, levados para Constantinopla, onde foram colocados com pompa na Basílica de Santa Sofia, durante o reino de Constantino. Seis séculos mais tarde, o Imperador Maurício, transportou as relíquias para a Igreja que o Santo Bispo Eustórgio tinha mandado construir em honra deles na cidade italiana de Milão.

No ano de 1163, o Imperador Frederico Barba-ruiva, tendo saqueado a cidade de Milão, permitiu a Reinaldo, seu chanceler, então arcebispo de Colónia, levar as relíquias dos santos Reis Magos para esta cidade, onde desde então é possível venerar os Santos Reis Magos, na Catedral.


Em 1864, o relicário da Catedral de Colónia foi aberto e nele foram d
escobertos os esqueletos de três homens:  um jovem, um outro de meia-idade e um idoso, o que confirmaria a representação dos mesmos num mosaico do século VI na igreja de Santo Apolinário, o Novo, em Ravena, Itália, que representa os três magos, com estas características. 

Feliz e Santo Natal e Votos de um sereno 2021


 

quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

Vencidos por um dia

No ano de 1893, Alphonse Chigot pintou o quadro “Os vencedores de um dia”, representando um soldado que volta ferido da guerra.

Com o braço esquerdo enfaixado, o guerreiro segura altivo, junto do peito, a haste e o estandarte, rasgado nas inúmeras batalhas travadas.

Ao longo do caminho que o leva para junto dos seus, ele encontra um Calvário. Diante de Nosso Senhor Jesus Cristo, o bravo militar tira a boina e saúda com respeito e veneração o Seu Protetor e Salvador.

Quem vê a cena pode pensar: “Nosso Senhor pregado numa Cruz e o soldado ferido, não parecem dois derrotados?"

Segundo São Paulo, somos todos soldados: às vezes, no campo de batalha que é a nossa vida, somos feridos por inúmeras provas. Nestes momentos, devemos ostentar com orgulho o nosso estandarte, ou o que resta dele, acreditar na vitória dos nossos ideais, agarrar o crucifixo junto do coração e ter a certeza de que o sofrimento, a dor, até mesmo a morte, serão de curta duração, pois como Jesus Crucificado, podemos parecer "vencidos por um dia", mas com Ele triunfaremos por toda a eternidade!

domingo, 22 de novembro de 2020

A origem da expressão Alea iacta est, “o dado está lançado”


Todos conhecemos e usamos a expressão: “o dado está lançado”, para exprimir a ideia de que algo foi feito e que já não se pode voltar atrás.

Mas, talvez, nem todos sabem a origem desta expressão, que remonta ao ano de 49 antes de Cristo.

Segundo o historiador Caio Svetonio Tranquilo, na sua obra De vita Casesarum, a frase “Alea iacta est”, ou “o dado está lançado”, foi pronunciada por Caio Júlio César no dia 10 de janeiro de 49 A.C..

Voltando da Campanha vitoriosa por terras gaulesas, que lhe deu grande prestígio e gloria, Júlio Cesar apresentou a sua candidatura ao Consulado, o cargo político mais alto da República Romana.

O Senado, temendo o seu poder, ordenou-lhe que dispensasse as suas legiões e voltasse a Roma como simples cidadão. Júlio César ainda tentou fazer um acordo, mas a decisão foi irremovível.

Diante da recusa de ser um dos dois Cônsules, eleitos naquele ano, Júlio César excogitou um plano para tomar o poder. Deu ordem às suas tropas de se dirigirem discretamente até às margens do Rio Rubicão, no Nordeste da Itália, fronteira da Província da Gália Cisalpina, lugar onde, segundo o direito romano, nenhum general poderia atravessar com as suas tropas, para evitar riscos à estabilidade do poder central.

No dia seguinte, Júlio César reuniu-se com as suas legiões, às margens do rio. Indeciso sobre a decisão que deveria tomar, viu um jovem de extrema beleza que tocava uma flauta. Vários dos seus soldados, aproximaram-se para o ouvir. E eis que o rapaz toma a trompa de um legionário, faz soar o toque de batalha e cruza o rio.

Júlio César impressionado pela aparição, voltou-se para as suas tropas e ordenou-lhes: “Andemos por aquela estrada que nos foi indicada pelo prodígio dos deuses: ‘Alea iacta est!’”

Depois de ter cruzado o rio, no mesmo dia Júlio César ocupou Rimini, uma guarnição estratégica das terras italianas e avançou para Roma.

O General Cneu Pompeu Magno, encarregado de o deter, respondeu com um movimento fatídico. Ele ordenou que toda a classe política deixasse a cidade e o seguisse, para contra-atacar do sul da península ou mesmo dos Balcãs.

Com isto, o pânico em Roma foi indizível. Nunca os romanos tinham enfrentado uma situação parecida. A cidade, na sua história secular, tido sido sempre defendida dos inimigos externos e internos. Desta vez, ela tinha sido abandonada a César.

O procônsul, pacificador da Gália, patrício e máximo pontífice, depois de ter dito a frase “Alea iacta est!” e atravessado o Rubicão teria iniciado a marcha vitoriosa que em apenas 60 dias o tornou senhor de toda a península. Foi o primeiro ato vitorioso de uma longa guerra civil que logo depois teria garantido a ele o domínio indiscutível sobre Roma e o seu império mediterrânico.

sábado, 14 de novembro de 2020

A Eslováquia declara o partido comunista organização criminosa

 

O comunismo, uma ideologia que levou à morte de mais de 150 milhões de pessoas no mundo, ainda não foi julgada e criminalizada aos olhos da História, como foi a ideologia Nacional Socialista, mais conhecida como nazismo, depois da II Guerra Mundial.

Até hoje só oito países, Eslováquia, Estónia, Geórgia, Letónia, Lituânia, Polonia, República Checa, e Ucrânia, dominados pelo brutal e tirânico regime comunista por um certo tempo das suas histórias, tiveram a coragem de criminalizar a ideologia do partido comunista, comparando-o com o Nazifascista.

No dia 4 de novembro de 2020, o Parlamento da Eslováquia aprovou uma lei que considera o Partido Comunista Checo e o partido comunista da Eslováquia organizações criminais.

Os argumentos apresentados para justificar a lei foram os 42 anos, nos quais a ditadura comunista oprimiu a sociedade eslovaca. Oitenta e dois deputados votaram a favor, nove contra e dezassete se abstiveram. Segundo esta lei, todos os monumentos e placas comemorativas serão retiradas e demolidas, os nomes das ruas e dos prédios que tenham alguma relação com o comunismo serão rebatizados. A lei criminaliza o Partido comunista Eslovaco e o atual Partido comunista da Eslováquia.

As futuras gerações precisam conhecer como uma ideologia levou ao massacre de milhões de pessoas e deve ser proibida, como o nazismo. Para tal, nada melhor do que uma grande Nuremberg do Comunismo, um processo onde a humanidade passaria a conhecer a verdade sobre uma sombria época histórica vivida no século XX.