Todo cristão deve rezar, ou seja, elevar a sua mente ou coração a Deus. Esta procura e encontro com o Criador devem ser feitos não só na Igreja, como querem nos fazer crer os "laicistas", mas nas vinte quatros horas do dia em qualquer lugar onde nos encontramos.
Para os religiosos, a vida de recolhimento ou em comunidade facilita a intimidade com Deus. Mas, para a grande maioria dos homens, é justamente nos trabalhos e ocupações diárias que as mentes e corações devem elevar-se a Deus. Foi este o exemplo que o Divino Mestre nos deu durante os 30 anos passados na Casa de Nazaré. No convívio com a Sua família, na carpintaria com São José ou na ajuda a Nossa Senhora nos pequenos afazeres do lar, numa vida muito parecida com a de muitas famílias dos nossos dias, Nosso Senhor, Homem e Deus, crescia em sabedoria, idade e graça diante de Deus e dos homens" (Lc. 2, 52).
Também nós devemos aproveitar os nossos afazeres para termos constantemente presente Deus nas nossas vidas, oferecer-Lhe os nossos pensamentos, as nossas acções, oferecer-Lhe os nossos esforços, etc. para crescermos em santidade e atingirmos um ponto da nossa vida espiritual em que não mais sabemos diferenciar entre o trabalho e a oração, vivendo todo o dia na presença de Deus!
O cristianismo não é uma coisa do passado, vivido como se olhássemos sempre para trás, para os tempos evangélicos, mas sempre novo, pois está marcado pela presença constante de Jesus Cristo, que está no meio de nós, e que é de hoje, ontem, amanhã e toda a eternidade. Na história da humanidade, encontramos “pegadas” de Deus. Este blogue procura, humildemente, mostrar alguma delas.
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sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
O amor do próximo prepara o amor de Deus
O amor de Deus é o primeiro mandamento na hierarquia da obrigação, mas o amor do próximo é o primeiro na ordem da acção. Aquele que te deu o mandamento do amor nestes dois preceitos, não podia preceituar o amor do próximo de preferência ao amor de Deus; mas primeiramente preceituou o amor de Deus e depois o do próximo.
Entretanto, tu que ainda não vês a Deus, merecerás contemplá-l’O, se amas o próximo; com o amor do próximo purificas o teu olhar, para que os teus olhos possam contemplar a Deus, como afirma claramente São João: “Se não amas o teu irmão que vês, como poderás amar a Deus que não vês?” (…)
Começa, portanto, a amar o próximo. Reparte o teu pão com o faminto e dá pousada ao pobre sem abrigo, leva roupa ao que não tem que vestir e não voltes as costas ao teu semelhante.
Que conseguirás, praticando tudo isto? Então a tua luz brilhará como a aurora. A tua luz é o teu Deus: Ele é a aurora que despontará sobre ti depois da noite deste mundo. Esta luz não nasce nem tem ocaso, porque permanece para sempre.
Amando o próximo e cuidando dele, vais percorrendo o teu caminho. E para onde caminhas senão para o Senhor Deus, para Aquele que devemos amar com todo o nosso coração, com toda a nossa alma, com toda a nossa mente? É certo que ainda não chegámos até junto do Senhor; mas já temos connosco o próximo. Ajuda, portanto, aquele que tens ao lado, enquanto caminhas neste mundo, e chegarás até junto d’Aquele com quem desejas permanecer eternamente.
Dos tratados de Santo Agostinho, bispo, sobre o Evangelho de São João (Tract. 17, 7-9; CCL 36, 174-175)
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