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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Silêncio, oração e vida religiosa


Em todas as épocas, homens e mulheres que dedicaram suas vidas a Deus em oração - como os monges e freiras - estabeleceram suas comunidades em lugares particularmente bonitos (como o Monto Saint Michel, apresentado na foto), nos campos, colinas, vales montanhosos, na ribeira de lagos ou junto do mar, ou mesmo em pequenas ilhas. Estes lugares combinam dois elementos muito importantes para a vida contemplativa: a beleza da criação, que remete ao Criador, e ao silêncio, garantido pelo afastamento de grandes cidades e estradas. O silêncio é a condição ambiental que melhor favorece o recolhimento, escuta de Deus e meditação. Já o facto de apreciar o silêncio, para deixar, por assim dizer, "encher-se" de silêncio, predispõe-nos à oração. O grande profeta Elias no Monte Horeb - isto é, no Sinai - assistiu a uma onda de vento, depois a um terramoto, relâmpagos e fogo, mas não reconheceu neles a voz de Deus; reconheceu-a, entretanto, numa leve brisa ( cf 1 Reis 19,11-13). Deus fala no silêncio, mas é preciso saber ouvi-Lo. Por isso, os mosteiros são oásis em que Deus fala à humanidade; e neles encontra-se o claustro, um lugar simbólico, porque é um espaço fechado, mas aberto para o céu. (…)

O silêncio e a beleza do lugar onde vive a comunidade monástica - beleza simples e austera – constituem um reflexo da harmonia espiritual que a comunidade procura alcançar. O mundo é pontilhado com esses oásis do espírito, alguns muito antigos, especialmente na Europa, outros mais recentemente, outros restaurados por novas comunidades. Olhando as coisas sob um prisma espiritual, estes lugares são as espinhas dorsais do mundo! Não é por acaso que muitas pessoas, especialmente em períodos de descanso, visitam estes lugares e param ali por alguns dias: mesmo a alma, graças a Deus, tem suas exigências!

(Bento XVI, Audiência Geral, Castel Gandolfo 10/8/2011)

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

O que é o purgatório?

O Papa Bento XVI dedicou a sua catequese, na audiência geral do dia 12/1/2011, à Santa Catarina de Genova, uma mística italiana do século XVI. No seu Tratado sobre o Purgatório, a santa descreve o Purgatório não como um lugar ou "um elemento da paisagem das entranhas da terra", mas um "fogo interior"

"Catarina, afirmou Bento XVI, fala dos tormentos do Purgatório como um sofrimento interior da alma que, ciente do amor imenso de Deus, sofre por não lhe ter correspondido de forma perfeita e é precisamente o amor divino que a purifica das manchas de pecado que ainda a impedem de viver na presença da majestade de Deus".

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Liberdade religiosa ou simplesmente liberdade de culto?

Quando se vive numa sociedade em que Deus vai ficando cada vez mais longe e que os bens materiais passam a ser os verdadeiros deuses dos homens, certos conceitos, como o da liberdade religiosa ficam cada vez mais reduzido. Para um europeu, neopaginzado, por exemplo, se perguntarmos o que significa liberdade religiosa, ele responderá rapidamente: a liberdade de praticar o seu culto num templo. Mas, será que a liberdade religiosa se resume apenas a isto? E o direito dos pais a educarem os seus filhos segundo as suas crenças? E a formação religiosa?

Nos países muçulmanos a liberdade é ainda mais ténue... Como afirmou o Papa Bento XVI ao Corpo diplomático acreditado junto à Santa Sé no dia 10 de Janeiro: "O peso particular de uma determinada religião numa nação não deveria jamais implicar que os cidadãos pertencentes a outra confissão fossem discriminados na vida social ou, pior ainda, que se tolerasse a violência contra eles".