O cristianismo não é uma coisa do passado, vivido como se olhássemos sempre para trás, para os tempos evangélicos, mas sempre novo, pois está marcado pela presença constante de Jesus Cristo, que está no meio de nós, e que é de hoje, ontem, amanhã e toda a eternidade. Na história da humanidade, encontramos “pegadas” de Deus. Este blogue procura, humildemente, mostrar alguma delas.
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sábado, 27 de abril de 2024
Manipulação, desinformação: Os avanços tecnológicos não conseguem mudar a natureza humana
A internet, as redes sociais e as gigantescas organizações de informação, fazem chegar a todos os recantos do mundo, notícias e o relato vivo de acontecimentos das mais diversas áreas da nossa civilização. Com o avanço tecnológico, poder-se-ia pensar que não poderia haver uma opinião pública mais esclarecida do que a nossa e, consequentemente, suporíamos estar imunes a mistificações ou deturpações da verdade dos fatos e das ideias.
A realidade, entretanto, é bem outra, e por uma razão bem simples e evidente. Os avanços tecnológicos, por mais maravilhosos que sejam, não conseguem mudar a natureza humana. Um indivíduo sem escrúpulos, com segundas intenções e enganador, continuará sempre trapaceiro e sem escrúpulos. E do ponto de vista informativo, publicitário ou do marketing, a melhoria dos meios de comunicação vem justamente concorrer para aumentar o raio de ação da maldade dos mal-intencionados e dos manipuladores.
Foi o que aconteceu, por exemplo, com a máquina publicitária da revolução francesa, com a tomada da Bastilha. Festeja-se no dia 14 de julho, a grande vitória da Revolução Francesa, com uma mentira: não foi um golpe contra a tirania, mas a libertação de sete presos, sendo quatro falsários, que tinham sido transferidos da prisão do Châtelet; dois loucos que deveriam estar no Hospital para doentes mentais de Charenton e o conde de Solages, um nobre acusado de um crime monstruoso, que a família, para não ver o nome desonrado, pagava uma pensão para o manter na prisão.
O que dizer da propaganda ou da constante desinformação da Alemanha nazi? Quem hoje ainda duvida da veracidade dos fatos com relação à perseguição aos católicos no “Terceiro Reich”? Quantos ainda acreditam na mentira da “luta contra o bolchevismo”, que era um dos slogans de Goebbels? Que dizer dos recursos publicitários empregados pela Rússia soviética para encobrir a pobreza do povo, o que realmente se passava nos bastidores do Kremlin ou nos campos de concentração?
Hoje vivemos numa época em plena mutação. Quando os jornais e televisões tinham o monopólio da verdade e a interpretação única dos fatos, ninguém duvidava, repetiam-se certos slogans de propaganda ideológica, aceitavam mudanças radicais de comportamentos e pouquíssimas pessoas contestavam. Agora, a política, a economia e a propaganda continuam a ser dirigidas e manipuladas, mas a diversidade de fontes de informação, de opiniões, de pontos de vista, tornou os povos mais céticos. A conspiração contra a verdade continua, mas o seu efeito sobre os homens parece ser menor.
O que teria acontecido se, durante a campanha de calúnias e desinformação lançada contra Nosso Senhor Jesus Cristo, que levou o povo a pedir a sua morte, tivesse surgido um grupo de pessoas que organizasse o que hoje chamamos de uma campanha publicitária, mostrando os milagres, a bondade e misericórdia do nosso Salvador? Não podemos saber, mas suponho que o povo não teria agido da mesma maneira. Agora uma coisa é certa: se tivesse vivido naquela altura e este grupo existisse, faria certamente parte dele!
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