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domingo, 26 de fevereiro de 2012

Para que serve a penitência?


Fixemos atentamente o nosso olhar no sangue de Cristo e comprenderemos como é precioso aos olhos de Deus seu Pai esse sangue que, derramado, para nossa salvação, ofereceu ao mundo inteiro a graça da penitência.
Percorramos todas as idades do mundo e veremos que em todas as gerações o Senhor concedeu o “tempo favorável da pentência” a todos os que a Ele se quiseram converter, Noé proclamou a penitência, e todos os que o escrutaram foram salvos. Josnas anunciou aos ninivitas a destruição iminente, mas eles, fazendo penitência pelos seus pecados, aplacaram a ira de Deus com as suas orações e obtiveram a salvação, apesar de não pertencerem ao povo de Deus.
Nunca faltaram ministros da graça divina que, inspirados pelo Espírito Santo, pregaram a penitência. O próprio Senhor de todas as coisas falou da penitência, empenhando as suas palavras com juramento: “Pela minha vida, diz o Senhor, não quero a morte do pecador, mas o seu arrependimento; e acrescentou aquela admirável sentença: “Deixa de praticar o mal, ó casa de Israel. Diz aos filhos do meu povo: Ainda que os vossos pecados cheguem da terra aos céu, ainda que sejam mais vermelhos que o escarlate e mais negros que o cilício, se vos converterdes a Mim de todo o coração e disserdes: ’Pai’, Eu vos tratarei como um povo santo e ouvirei as vossas súplicas”.
E querendo levar à penitência todos aqueles a quem amava, confirmou esta sentença com a sua vontade omnipotente.
Obedeçamos, portanto, à sua excelsa e gloriosa vontade e, implorando humildemente a sua misericórdia e benignidade, refugiemo-nos na sua clemência e convertamo-nos sinceramente, abandonando as obras más, as contendas e as invejas ue conduzem à morte.
Sejamos humildes de coração, irmãos caríssimos, evitemos toda a espécie de soberba, vaidade, insensatez e coólera e ponhamos em prática o que está escrito. Diz o Espírito Santo: “Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem o forte na sua força, nem o rico na sua riqueza; mas quem se gloria, glorie-se no Senhor, procurando-O a Ele e praticando o direito e a justiça”.
Recordemos sobretudo as palavras do Senhor Jesus, quando nos recomendava a benevolência e longanimidade: “Sede misericordiosos e alcançareis misericórdia; perdoai e sereis perdoados; como tratardes o próximo, assim sereis tratados; dai e dar-se-vos-á; não julgueis e não sereis jugados; sede benévolos e obtereis benevolência; com a medida com que medirdes, vos será medido”.
Observemos fielmente estes mandamentos e preceitos do Senhor; vivamos sempre, com toda a humildade, fiéis ás suas santas palavras; e lembremo-nos do texto sagrado. “Para quem voltarei o meu olhar senão para o humilde e manso de coração, para aquele que teme as minhas palavras?
Deste modo, imitando as obras grandiosas dos nossos ilustres antepassados, corramos de novo para a meta que nos foi proposta desde o princípio, que é a pas. Contemplemos atentamente o pai e Criador do universo, e coloquemos toda a nossa esperança na magnificência e generosidadedo dom da paz que nos oferece.
(Papa São Clemente I, Carta aos Coríntios, cap, 7,4 – 8,3; 8,5 – 9,1; 13, 1-4; 19, 2: Funk 1, 71 – 73 – 77 – 78.87)