Um sacerdote missionário relatou
o seguinte facto:
“Um inveterado pecador de
avançada idade, e cuja vida fora muito escandalosa, mandou-me chamar com
insistência para uma visita a sua casa.
Assim que soube, fui à procura da
sua morada. Toquei a campainha e eis que a porta se abriu e fui recebido com um
grito estarrecedor:
-- Padre! Eis aqui, um pecador horroroso!
Mas peço-lhe, por favor, que me salve!
Por favor!
Tratei de o sossegar e pedi-lhe
que me dissesse o que tinha ocasionado o seu desejo repentino de se arrepender
e fazer as pazes com Deus e com a sua consciência. Mas, a resposta foi sempre a mesma:
- Não sei, padre!
Tentei aperceber-me melhor a
situação do infeliz e continuei a perguntar-lhe:
- Tem ido às pregações da missão?
- Nunca!
- Já sei, continuei! Foram os
seus amigos que lhe mostraram o caminho errado que tomou na sua adolescência e que
seguiu até agora?
- Não tenho amigos! E se os tivesse,
ter-me-iam desviado do caminho que conduz a Deus.
- Mas, o senhor não vai à Missa
aos domingos?
- Há muitos anos que não entro
numa igreja. Creio que a última vez foi com a minha mãe, quando devia ter uns
14 ou 15 anos.
Neste momento cruzei o olhar com a
porta de um velho armário que estava entreaberta e sobre a qual estava colada uma representação de Nossa
Senhora. Com grande admiração, perguntei-lhe:
- Mas, uma estampa antiga de
Maria Santíssima na sua casa?!
- Sim, senhor, respondeu o idoso.
Foi a única coisa que respeitei sempre na minha vida, pois ganhei-a logo depois
da minha Primeira Comunhão. E lembro-me, todos os dias, de rezar a Nossa
Senhora uma Ave-Maria, diante desta estampa, para satisfazer a vontade de minha
mãe e cumprir a promessa que lhe fiz!
Ah! Então pode ficar descansado,
exclamei emocionado. É a Maria Santíssima e a este seu pequeno tributo de
respeito ao rezar a Ave-Maria, que se deve a sua conversão e a abertura das portas
do Céu para o senhor!
Confessei o idoso e passei a
vê-lo com regularidade na igreja.”