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terça-feira, 12 de julho de 2011

Prefiguras e símbolos de Maria Santissima no Antigo Testamento

Encontramos no Antigo testamento 11 prefiguras de Maria Santíssima:

a) O paraíso terrestre

Na primeira página da história do género humano, observa um pio Autor (G. Balelli, o. c. pág. 11), encontramos descrita em cores resplendentes a magnificência daquele Éden de delícias em que foram postos nossos progenitores, logo depois de criados por Deus. Naquela morada amena, tudo era ordem e beleza; aos campos ricos de messe, sucediam-se prados verdejantes, bosques frescos e jardins perfumados. Um rio limpidíssimo, dividindo-se em outros rios menores, corria a regar e tornar fecundo o terreno; enquanto no meio do jardim se erguia a árvore majestosa da vida, cujos frutos,
como diz seu próprio nome, tinham a virtude de manter afastada dos homens a morte. Ora, quem não vê nesse Éden um símbolo gentilíssimo de Maria? Não foi Ela, com efeito, um místico jardim, adornado de flores perfumadas, isto é, de santos pensamentos e afectos, e repleto dos frutos das boas obras? Um verdadeiro rio de graças não irrigou sempre sua alma? Não nasceu dela a árvore da verdadeira vida, Jesus?

b) A Arca de Noé

Outro belo símbolo de Maria foi a Arca de Noé. No meio do dilúvio universal, que recobriu toda a terra, semeando mortandade e ruínas, a Arca do grande e fiel Patriarca flutuava segura sobre as ondas, protegida por Deus, salvando do extermínio geral a raça humana. Outro tanto aconteceu no Novo Testamento. No meio do naufrágio universal de todos os homens sob o pecado de Adão, uma só foi a que ficou imune: Maria. Com efeito, enquanto todos os homens são concebidos e nascem na culpa, somente Maria foi concebida e nasceu sem pecado; só Maria permaneceu sempre bela e imaculada,
atraindo sobre si as complacências do Altíssimo. O crescer das águas ao redor da arca simbolizava a plenitude de graças recebida por Maria; o haver-se a arca levantado da terra recorda ao nosso pensamento a imunidade de Maria em face de todo apego à terra e a qualquer amor que não fosse inteiramente puro; o haver a arca chegado a grande altura nos diz que nenhuma criatura se elevou tão alto e alcançou a perfeição que atingiu a Mãe do Criador.

c) A escada de Jacob

Não menos eloquente é o símbolo da escada de Jacob. O santo patriarca Jacob, depois de ter recebido a bênção paterna, temendo a ira de seu irmão Esaú, fugiu para a Mesopotâmia. À noite, cansado da longa e fatigante caminhada, deitou-se sobre a terra nua para tomar um pouco de repouso. No sono, teve um sonho misterioso: pareceu-lhe ver uma longa escada que chegava da terra até o Céu; os anjos de Deus subiam e desciam por ela. Vários intérpretes vêem nessa escada misteriosa um símbolo expressivo de Maria. Com efeito, não foi a Virgem Santíssima aquela mística escada que uniu o Céu à Terra, o mundo visível ao invisível, as coisas terrestres com as celestes? Não é por Maria, porventura, por esta misteriosa escada, que Deus desceu à terra, para entre os homens e que os homens sobem ao Céu, para Deus?

d) A sarça ardente

Quando Deus escolheu Moisés para libertador de seu povo, fez-lhe ouvir sua voz como vinda de uma sarça que, embora envolta em chamas, não se consumia. Esta sarça que arde e não se consome é um símbolo vivo da virgindade de Maria. Assim o afirma a Igreja no ofício da Senhora: “Na sarça que Moisés viu permanecer incólume no meio das chamas, nós reconhecemos tua admirável virgindade, ó santa Mãe de Deus”.

e) A Vara de Moisés

Símbolo expressivo de Maria foi também a vara com que o mesmo Moisés operou os prodígios mais estupendos. Com efeito, como o condutor do povo eleito operou por meio daquela vara tantos prodígios em favor do povo hebreu e fez brilhar ante os olhos de todos o poder que Deus lhe conferira para exterminar os inimigos de seu povo, assim Aquele que é poderoso operou e opera, continuamente, por meio de Maria, as coisas mais admiráveis em favor do povo cristão, protegendo-o contra todos os seus inimigos espirituais.

f) A Vara de Aarão

Mas também outra vara, a de Aarão, é um belo símbolo de Maria. Com efeito, para demonstrar que Aarão, irmão de Moisés, havia sido escolhido para seu sacerdote, Deus fez florescer a vara que lhe pertencia, de tal modo que, em uma só noite, “rebentaram os botões, nasceram as flores, abriram-se as folhas e formaram-se os frutos” (Num 17, 8).  Do mesmo modo, a Virgem, só pela obra de Deus, germinou “a flor dos campos e o lírio dos vales” (Cant. 2, 1).

g) O velo branco de Gedeão

Símbolo admirável de Maria foi também o velo de Gedeão que, em uma noite, se viu todo coberto de orvalho, enquanto a terra em torno estava enxuta; e, na noite seguinte, ficava enxuto, enquanto uma queda abundante de orvalho banhava todo o terreno circunjacente. Assim canta a Igreja “Desceste (ó Cristo) como a chuva sobre o velo (Maria) para salvar o género humano”.

h) A arca do Testamento

Símbolo de Maria foi, finalmente, a Arca do Testamento, guardada desveladamente pelos hebreus no lugar mais santo do Templo. Nela se conservavam as tábuas da lei e uma medida de maná. Com efeito, não esteve guardado no seio puríssimo da Virgem o próprio Autor da lei, Jesus, Aquele que devia ser preciosíssimo alimento das almas na Sagrada Eucaristia?

i) O Templo de Salomão

Símbolo de Maria foi ainda o Templo de Salomão, do qual disse Deus: “Escolhi e santifiquei este lugar a fim de que traga para sempre meu nome e estejam fitos nele meus olhos e meu coração, em todo o tempo” (II Par 7,16). A qual dos templos elevados por toda a parte à glória do Altíssimo se podem aplicar melhor essas palavras expressivas do que à Mãe de Deus? Não habitou Deus nela de um modo singularíssimo?