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quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

As palavras movem, mas os exemplos arrastam



Encontramos na vida de São Francisco de Assis um facto que atesta, como o exemplo toca muito mais os corações do que as palavras.

Certa vez, São Francisco chamou Frei Leão e disse-lhe:

— Meu irmão, vamos pregar!

Depois de longos passeios pelas ruelas pitorescas de Assis, voltaram ao convento.

"Pai", disse o jovem monge ao santo, "não íamos pregar?"

"Meu filho", respondeu São Francisco, "durante este passeio, pregamos".

"Como, meu pai?" disse o jovem monge atônito.

"Pela nossa pobreza e modéstia", acrescentou o santo.

São Francisco quis assim fazer com que este religioso, ainda noviço, entendesse que o exemplo muitas vezes equivale a uma longa e boa pregação.

Outro exemplo que ilustra a força do exemplo, remonta à época das missões do Japão.

Um religioso da Companhia de Jesus pregava numa praça pública. Uma grande multidão ouvia-o com atenção, interesse e até avidez, quando um dos assistentes se aproximou do orador e cuspiu-lhe na face.

O santo religioso, sem se comover, enxugou o rosto e continuou o sermão.

Os ouvintes, tomados de admiração, comentaram entre si:

"Uma religião que dá forças suficientes para aceitar sem se queixar de tamanha ignomínia, só pode ser divina!..."

E um grande número de pagãos converteu-se mais pelo gesto do que pelas palavras.

E nós! Qual o exemplo que damos quando saímos à rua, vamos ao trabalho, passeamos ou quando estamos em família, entre amigos ou até com desconhecidos?

A nossa maneira de vestir, as nossas conversas, os nossos gestos são coerentes com o que professamos e acreditamos? Ou acabamos por dar mal exemplo e sermos como o Frei Tomás do provérbio popular, que predica e pede para as pessoas fazerem aquilo que ele diz e não o que faz?”