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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

Não se deve considerar alguém como irremediavelmente perdido


Imitemos o exemplo do Bom Pastor! 

Porque o modelo, à imagem do qual fostes criados, é Deus, procurai imitar o Seu exemplo. Sois cristãos, e com o vosso nome declarais a vossa dignidade humana, portanto, sejais imitadores de Cristo que Se fez homem.

Considerai as riquezas da sua bondade. Ele, quando estava para vir entre os homens, através da Encarnação, enviou à sua frente João, como arauto e mestre de penitência; e antes de João, tinha enviado todos os profetas para ensinarem aos homens o arrependimento, o retorno ao bom caminho e a conversão para uma vida melhor.

Pouco depois, quando Ele mesmo veio, proclamou diretamente com a sua voz: “Vinde a mim, todos vós que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei” (Mt 11,28). Portanto, aos que ouviram as suas palavras, concedeu um perdão completo dos pecados e libertou-os de tudo o que os angustiava. O Verbo santificou-os, o Espírito fortificou-os, o homem velho foi sepultado na água e foi gerado o homem novo, que floresceu na graça.
E depois, o que seguiu? Aquele que era inimigo fez-se amigo, o estrangeiro passou a ser filho, o ímpio tornou-se santo e pio.
Imitemos o exemplo que nos deu Nosso Senhor, o Bom Pastor. Contemplemos os Evangelhos e admirando o modelo de solicitude e bondade neles espelhado, procuremos assimilá-los bem.

Nas parábolas, encontramos um pastor que tem cem ovelhas. Tendo uma delas se afastado do rebanho e, vagando sem rumo, não permaneceu com as outras que pastavam ordenadamente. O pastor sai à sua procura, atravessa vales e florestas, escala altos e escarpados montes, percorrendo desertos com grande esforço, procura-a por todo o lado, até a encontrar.

Tendo-a encontrado, não a castiga nem a obriga com violência a voltar para o rebanho; pelo contrário, coloca-a sobre os ombros, trata-a com doçura, leva-a para o aprisco, alegrando-se mais por esta única ovelha recuperada do que por todas as outras.

Consideremos a realidade velada desta parábola. Aquela ovelha não é uma ovelha, nem este pastor é um pastor, mas significam outra coisa. São figuras que contêm um grande significado religioso e ensinam-nos que não é justo considerar os homens como condenados e sem esperança; e que não devemos desinteressar-nos daqueles que estão em perigo; nem sermos preguiçosos em lhes ajudar, sendo o nosso dever reconduzir ao bom caminho aqueles que dele se afastaram ou se perderam. Devemos alegrar-nos com o regresso deles e reconduzi-los ao aprisco seguro, junto dos que vivem bem e na piedade.

Astério de Amaseia, Homelia 13; PG 40, 355-358. 362