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quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

“A raiz de todos os males é o amor ao dinheiro”

 


A avareza é um amor descontrolado dos bens terrenos e principalmente do dinheiro. Como bem sabemos, amar os bens da terra não é um mal. Mas, desejá-lo com muito ardor e torná-lo objeto de afeição, é um defeito grave e um pecado mortal.

Em primeiro lugar, porque a avareza é uma idolatria! Para o avarento, o dinheiro passa a ser um deus.

Este defeito foi apontado por Nosso Senhor quando afirmou: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há-de odiar um e amar o outro, ou há-de afeiçoar-se a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e a riqueza”. (Mt 6, 24)

O amor desordenado à riqueza escraviza vergonhosa e tiranicamente, pois o avarento se submete inteiramente aos bens materiais e, para satisfazer a sua paixão, está disposto a vender até mesmo o seu corpo e a sua alma. “Não há coisa mais iníqua do que amar o dinheiro; o que o ama venderia até a sua alma, visto que se despojou, em vida, das próprias entranhas”. (Eclo 10, 10)

Mas qual são as consequências da ganância para a alma?

A avareza faz com que a pessoa viva numa perpétua inquietação, com medo de perder a fortuna meticulosamente acumulada! Muitos mestres de vida espiritual dizem que o avarento se esforça mais para manter os seus bens do que os santos para ganhar o céu.

Há um outro ponto, não menos grave. A avareza endurece o coração. O avarento é insensível. Nunca fale com ele sobre ajudar os irmãos! Ele vai, no máximo, dar conselhos e explicar como se deve fazer para ganhar dinheiro.

Por fim, a avareza cega a alma. Mesmo na hora da morte, o avarento não consegue fazer um exame de consciência, analisar o seu relacionamento com Deus e com o próximo. Ele pensa apenas em bens perecíveis.

Mas, se a ganância faz mal para a alma, ela afeta também o corpo. É uma paixão debilitante, pois o avarento não tem descanso nem de noite e nem de dia. Está sempre nervoso e irritado e a sua saúde é sempre fraca. É uma paixão que costuma levar ao suicídio ou à loucura. Quantos avarentos não conseguem sobreviver à menor perda, e quantos morrem de fome, mesmo tendo escondido uma verdadeira fortuna!?

São Paulo faz da avareza a raiz de todas as doenças; “Com efeito, a raiz de todos os males é o

amor ao dinheiro, por causa do qual alguns se desencaminharam da fé e se enredaram em muitas aflições.” (1 Tm 6:10).

Se sentirmos uma tendência muito forte para a avareza, o que podemos fazer?

Em primeiro lugar, para se curar da avareza, deve-se lembrar de que a vida é muito breve. Do que serve, arrecadar tanta riqueza se um dia devemos deixar tudo para trás?

Por outro lado, devemos considerar a vaidade dos bens terrenos. Os próprios pagãos aperceberam-se disso e formulavam a pergunta: Quando um avarento tiver todo o ouro do mundo, será mais feliz, mais amado, mais virtuoso do que os outros homens? A resposta é evidentemente negativa.

O homem ganancioso é um pobre homem, aos olhos dos outros. Nada da sua grande riqueza transparece para os outros. Todos zombam, desprezam e fogem deles. Apenas, os seus herdeiros tratam-no bem, preocupam-se dele e, infelizmente, muitos desejam a sua morte.

Assim, caro leitor, não procuremos acumular tesouros nesta terra, pois isto seria uma perda de tempo. Prefira preparar tesouros imperecíveis para o céu: “Não acumuleis para vós tesouros na terra, onde a ferrugem e a traça (os) consumam, e onde os orifícios perfuram as paredes e roubam. Entesourai para vós tesouros no céu, onde nem a ferrugem, nem a traça (os) consuma, e onde os suportes não perfuram as paredes nem roubam. Porque onde, está o teu tesouro, aí está também o teu coração” (Mt 6, 19-21).