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segunda-feira, 30 de junho de 2025

A infalibilidade Papal: uma prova de que a Igreja Católica é verdadeira

 


Ou Deus, Inteligência Suprema, ao criar o universo dispôs que houvesse um poder ordenativo que dirigisse a mente dos homens, ou na obra-prima d’Ele, que é a alma humana, o Criador terá deixado uma lacuna e, mais ainda, um caos.

 

Portanto, ou há uma Igreja infalível ou Deus não existe. Infalível, sim, pois ela em tudo coloca ordem. Se algo é verdadeiro, o é porque toda uma linhagem de pontífices, desde São Pedro até ao seu atual sucessor, ensina inerrantemente a verdade. Compreendendo e aceitando isso, sinto-me tranquilo, descanso. Se todos acreditarem nisso, todas as cabeças se ordenam a respeito do essencial do pensamento humano. Então, estabelece-se no mundo uma ordem superior, acima de todas as outras ordens. Então a obra-prima de Deus acha-se confirmada.

 

Esse é o meu sentimento em relação ao Papado. A tal ponto que, ao ouvir falar do dogma da infalibilidade pontifícia, entusiasmei-me muito e pensei: Até há pouco sentia-me como um homem que andava no meio de penhascos, com medo de cair. E agora dizem-me: “Veja bem, aqui há um corrimão”. Donde, um grande alívio! Posso, com serenidade, admirar o panorama. Chegou a minha vez de respirar.

 

Porque eu vejo a minha própria falibilidade. Percebo como posso errar. Mas, existe uma instituição de origem divina, que orienta a alma humana desde Nosso Senhor Jesus Cristo até aos nossos dias, ensinando sempre a mesma Fé, sem erro nenhum. Logo, todo o resto para mim se explica. Agora acho-me à vontade para caminhar nas trilhas desse mundo. Deus, necessariamente, haveria de fazer alguém infalível para conduzir a bom porto o coração do homem!

 

O corolário dessa constatação é este: de todas as religiões, bastaria que uma ensinasse a infalibilidade, para que eu acreditasse nela. Assim, quando me inteirei da infalibilidade papal, um brado ecoou no interior da minha alma, uma exclamação de júbilo perto da qual a que terá brotado do peito de Colombo ao avistar as Américas seria um riso de criança: essa Igreja em que nasci é evidentemente verdadeira! Porque Deus, ao fazer uma Igreja autêntica, tinha de fazê-la infalível!

 

Plinio Corrêa de Oliveira

O Brasil nasceu de uma realização missionária


Na época de laicismo, em que vivemos, a missão histórica de Portugal costuma ser considerada de um ponto de vista inteiramente agnóstico. O ciclo das navegações é apreciado, pela maior parte dos compêndios, apenas nos seus resultados econômicos e políticos. De nada ou quase nada tem valido, que historiadores de maior quilate tenham demonstrado coisa diversa. Acumulam-se as provas de que o primeiro móvel da alma lusa, na aventura das navegações, foi apostólico; que os desbravadores de oceanos que o pequenino Portugal deitou pela vastidão dos mares tinham alma de cruzados, e não de mascate: para a História corrente, manipulada e deformada segundo as conveniências da irreligião, a glória de Portugal continua privada do esplendor sacral e heroico dos ideais religiosos, e reduzida ao mérito sem "panache" das realizações materiais da vida burguesa.

 

Nada disto, porém, altera a evidente realidade dos factos. A monarquia fidelíssima foi essencialmente missionária. O Brasil deve a Portugal a ação missionária do luso, a suprema graça de pertencer a Igreja. E não é só o Brasil. Nem é só a África. Mais além, bem junto da zona conflagrada do Extremo Oriente, na Índia, e mais além, no mundo asiático, é o esforço missionário português que deixou fincadas as sentinelas avançadas da Religião, as colónias lusas de que se irradia nas gentilidades vizinhas um proselitismo até hoje vivaz e fecundo.

 

Era bom que nos lembrassemos disto: O Brasil nasceu como uma realização missionária!

 

Plinio Corrêa de Oliveira